segunda-feira, 18 de junho de 2012

'Rio+20'-Sustentabilidade do planeta Terra, o nosso.

Sob o lema 'crescimento económico, inclusão social e preservação do meio ambiente' e 20 anos após (Eco1992), ocorre no Rio o 'Rio+20'.
Na altura, fundado pela ONU, o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o meio ambiente), foi a organização a quem foi artibuída a função de liderança mundial do meio ambiente. Hoje, 20 anos depois, ainda conta apenas com 58 membros, ficando de fora dois terços dos países (!?).

Partindo do princípio que a questão da deterioração acelerada e gravosa do meio ambiente é mundial e a todos atinge, e tendo em conta que apenas um terço dos países membros da ONU admite discutir o problema, convenhamos que, desde logo e à partida, é um problema não direi insolúvel mas, no mínimo, de imprevisível tratamento e desfecho.

Sabendo-se que praticamente todos os países presentes foram severamente atingidos pela crise que grassa pelo mundo, e sabendo-se que são precisos 30 mil milhões de dólares por ano para sustentar esse programa - segundo o 'G77+China' - e que esse dinheiro deveria sair do bolso desses mesmos países agora em crise (nalguns profunda), adivinha-se, sem ser necessário recorrer a grandes cálculos, que estamos perante um problema complicado: não há dinheiro disponível para efeito.

Nos últimos 10/15 anos esses mesmos países (não todos) viveram tempos de prosperidade e de relativa abundância e mesmo assim não foram capazes de fazer com que o PNUMA avançasse decisivamente. Parece-me que agora com bastante mais facilidade alijarão responsabilidade e se retirarão (fugirão) da questão. Veja-se aliás o que fizeram Barak Obama e Angela Merkel: não apareceram no Rio.

Penso ser opinião mundial e consensual de que é urgente, muito urgente, mudar comportamentos a todos os níveis para tentar desacelalar a velocidade vertiginosa com que o mundo ecológico se está a precipitar para o abismo. A ONU alerta que, a este ritmo e se nada entretanto for feito, nos vamos estatelar em 2030; nessa altura (estamos apenas a pouco mais de 15 anos de distância), crescentemente, a pressão sobre os recursos do nosso planeta - alimentar e energético - duplicará!

'Rio+20' será tempo perdido.
É certo que estará lá muita gente, muitos altos dirigentes mundiais, mas infelizmente e para além do aproveitamento mediático que a visibilidade da Conferência oferece aos países participantes - além do show off dos próprios participantes e do aproveitamento económico-turístico do país anfitrião -, não haverá resultados concretos. Ninguém mostra vontade política para contribuir com a sua quota-parte para abastecer o investimento dos 30 mm. De resto, ainda nem sequer começou a cimeira, e a preocupação dos responsáveis é de 'costurar' um testo final para lhes lavar a face.

O elevado número de presenças mostrou conhecimento e sensibilidade para o problema, mas não a ponto de libertarem dinheiro dos seus países, dos seus cidadãos, para ajudar a inverter a marcha inexorável dos acontecimentos e, sem isso, ficamos na mesma.

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