segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Reforma na Função Pública vale mais do dobro da Segurança Social

Reformam-se mais cedo e com pensões mais elevadas.
Em média, em 2009 os funcionários públicos aposentam-se aos 59,6 anos e com uma pensão de 1.240 euros. Já na Segurança Social deixa-se de trabalhar mais tarde - 62,8 anos - e por menos dinheiro - 472 euros.
O primeiro-ministro justificou os cortes nos subsídios de Natal e de férias dos funcionários públicos com o facto de o Estado pagar salários 10 a 15% superiores aos do privado. O JN foi ver o que se passa no regime de aposentações e concluiu que as reformas dos trabalhadores do Estado valem mais do dobro das pagas pelo regime geral da Segurança Social, que ficam, aliás, abaixo do salário mínimo nacional, fixado em 485 euros.

JN, 21NOV'2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

'D'este viver aqui neste papel descripto - Cartas da guerra'

António Lobo Antunes
Tivesse eu 'engenho e arte' - como dizia o outro -, e quase que podia replicar, também em tão denso e volumoso livro, o meu caso pessoal. Podia ter-me cruzado com ALA durante o ano de '73. Estivemos em muitos lugares comuns: Luanda e Luso, nomeadamente. Ele foi para GC e eu fiquei a 15 Km do Luso, Sacassange, primeiro, e Cangamba/Cangombe, depois; mais tarde, 2ª metade de '74, em Quibala Sul. Contudo as histórias vividas e a s/ intensidade (se também narradas) seriam, pràticamente, as mesmas. A dele contudo, na vertente militar, foi claramente mais envolvente, intensa e comprometedora. Os casos pessoais afectivos, cada pessoa tem òbviamente os seus, mas a ambiência em que foram vivenciadas são idênticas, para não dizer iguais. Deixo-lhe uma palavra de apreço pessoal e grato reconhecimento por ter conseguido por em livro - com a s/ mais valia de escritor -, de forma 'tão informal' e por isso mais verdadeira, o testemunho de muitas milhares de vidas de jovens portugueses que por lá passaram.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Empresas públicas dão mundo de regalias a trabalhadores e familiares

04OUT2011-‘SOL’- A Soflusa dá mais de 100 mil viagens grátis por ano.
Os filhos dos sete mil trabalhadores da TAP não pagam bilhetes de avião nesta operadora aérea até aos 25 anos e alguns mantêm a regalia mesmo depois de os pais já se terem reformado da companhia.
Na Carris, estar de baixa compensa porque a empresa garante ao trabalhador o salário sem descontos. As empresas públicas devem mais de 38 mil milhões de euros!
* Conhece-se a origem destas benesses, muito aumentadas depois de Abril’74. É chegada a hora, aproveitando a presença da TroiKa, para rectificar os exageros.

Ordem dos Médicos quer fim aos atestados por gripes

04OUT’2011 - Jornal do Algarve – Proposta da Ordem dos Médicos visa reduzir os atestados médicos por gripes ou enxaquecas, combatendo as falsas declarações. A Ordem dos Médicos vai apresentar uma proposta ao Ministério da Saúde para reduzir os atestados médicos por gripes ou enxaquecas, noticia o “Público.

* Interessante iniciativa, pecando apenas por tardia. Oxalá tenha acolhimento no MS.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Madeira / U.E.

1.Nota-se bastante animosidade/revolta dos continentais contra os Madeirenses, quando se pensa na dívida enorme - 5/6 MM€ - que a Madeira (A. João Jardim) contraiu. Vêm inclusive ao de cima ideias de independência, não por parte dos madeirenses mas dos continentais. Estes não estão dispostos a pagar o que eventualmente lhes venha a caber para resolver aquela questão. Esquece-se, com facilidade, a consanguinidade do todo nacional (com Madeira+Açores). Fizeram a dívida que a resolvam, mas não à n/ custa, diz-se à boca pequena.
2.
Por contraponto e sem qualquer consanguinidade, que dizer da reacção dos (alguns) Finlandeses/Alemães, quando se negam a contribuir para resgatar o problema da dívida de Portugal?! Convenhamos que, aos olhos daqueles (poucos) cidadãos, não será fácil compreender a dita ajuda, sabendo eles que também lhes vai sair do bolso! Que, a curto/médio prazo, serão prejudicados directamente! Sabemos que aquela ajuda é justificada pelo cruzamento de interesses existentes entre os países e que ao fazê-lo estão a protegê-los. Mas ao simples cidadão a interpretação do funcionamento da alta finança passa um pouco ao lado.
3.Aos dirigentes políticos/media, compete um papel esclarecedor importante. Apenas palavras de solidariedade são insuficientes e até caem mal. As pessoas comuns querem mais. Querem saber exactamente o que está em causa. Podem não saber muito de finanças mas não são estúpidas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Conluio entre Médicos e Professores!

2011-09-26 - (DN) '...entre Outubro do ano passado e Janeiro deste ano foram passados 70 mil atestados médicos a professores do ensino público, o equivalente a 514 mil dias de baixa. No total mais de onze mil clínicos assinaram as baixas. Só uma médica passou 413 atestados'.

Viva os Professores e os Médicos… Classes/Instituições privilegiadas, comendo todos à mesa do OJE! Contra estes comportamentos cívicos Mário Nogueira/José Manuel Silva não se pronunciam. Com que moral vêem para a rua reivindicar da sociedade mais privilégios?! Resolver assim problema português é impossível.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A João Jardim_O Trapaceiro

Grande Líder? Caso patológico? Ora aqui está um caso em que a história será biface: i)se visto por um madeirense, será um grande líder: nos últimos 30 e tal anos transformou a região autónoma da Madeira numa das poucas regiões ricas do todo nacional. Com a sua liderança, ludibriando tudo e todos, conseguiu desviar para lá, milhões e milhões. Modernizou a ilha com vias-rápidas, túneis, boas acessibilidades, hospitais, Universidades, turismo … O povo da Madeira muito lhe deve; ii) se visto pelo nacionais - àparte a partidarite – será (tantos adjectivos possíveis…) um, digamos, sacana. Mas aldrabão, vigarista, trapaceiro… também lhe vão muito bem. Política e èticamente, é inadmissível a existência de um protagonista assim. Evidentemente que vencerá as próximas eleições de Outubro. A sua gente não quer saber como é que ele consegue o dinheiro, importa-lhe sim – tout court – que o arranje e continue a arranjar. Dar-lhe-ão ainda mais votos para poder continuar a trapacear, mantendo assim a torrente do leite e do mel activa e na direcção insular. Pessoalmente acho que estragou a Ilha, irremediàvelmente.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Ponto inicial: é preciso reduzir o custo do Estado

"Ponto inicial: é preciso reduzir o custo do Estado. Não há maior banalidade que dizer isto. Nem maior dificuldade, como se vê. O Governo de Pedro Passos Coelho já engoliu essa dose de humildade, e terá de a vomitar um dia: as gorduras que denunciou são um mito. Para cortar despesa do Estado é preciso ir aos salários Função Pública ou às pensões, é preciso ir às empresas do Estado, é preciso ir à Saúde e à Educação, é preciso começar a reduzir a dívida para baixar a âncora dos juros".
PSG-Jornal Negócios

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Repartição dos impostos

É que, desta forma – com impostos generalizados -, nenhum sector social/corporativo foi isoladamente afectado, e por isso não tem havido manifestações: estão todos a ser atingidos de igual forma(?). Como são todos, ninguém se manifesta. E o governo quer evitar as manifestações, não só por questões gestão política (de sobrevivência) como, diria que principalmente, por razões de visibilidade externa. Querem evitar a todo o custo (e que custo!) que Portugal dê uma imagem para o exterior de sublevação popular/nacional, como na Grécia tem acontecido. Uma das formas de neutralizar esses ímpetos revoltosos é repartir o problema por todos(?), não hostilizando este ou aquele sector. Ontem mesmo, qual Egas Moniz de corda ao pescoço, PPC foi ‘prostrado’, ‘de joelhos’, agradecer à Srª Merkel. Não que os Alemães não mereçam esse reconhecimento mas é humihante ver Portugal posto internacionalmente nesse papel. Os erros de gestão do passado vão começar agora a ser pagos. Oxalá se consiga, mas vai ser doloroso.

Cavaco e o imposto sobre heranças

Nem se esperava, de resto, outra atitude. Cavaco Silva junta-se às orientações do governo, dando-lhe cobertura política, optando por colaborar na recriação de impostos e mais imposto. (até parece que o que lhe importa mesmo, é ver garantidas as suas 2 reformas - 142M€/Ano -. Não fora José Sócrates ter imposto a lei da não acumulação - reformas/vencimentos - ainda receberia mais o ordenado de PR). Até as heranças, até agora isentas, querem taxar e CS deu já o seu aval.
A ideia que atravessa o país é que vão tentar resolver o problema do país, bàsicamente, com receitas dos impostos. As tão desejadas reformas do estado, que permitiriam equacionar um futuro diferente, mais sustentável, e finalmente mais justo, nem vê-las. Coragem, falta coragem para as implementar.

domingo, 28 de agosto de 2011

Lágrimas de crocodilo..

Esta onda de solidariedade dos mais ricos (nascida nos EUA e instântaneamente chegada à Europa, mais conhecidamente à França, Espanha e também Portugal) perante a crescente pobreza geral, é curiosa e merece alguma atenção. Até agora, mesmo depois do crash de 2007/2008 em que, principalmente depois daí, muita pressão se fez sobre os políticos para que, aproveitando a oportunidade, promovessem grandes reformas e acabassem, por exemplo, com os off-shores, nenhum deles, individual ou colectivamente reunidos em grupos económicos - desde o G8 ao G20 -, ninguém, até agora, dizia, ousou beliscá-los. Agora, qual virgem ofendida, por ninguém lhes dar atenção, vêm, por iniciativa própria dizer aos quatro ventos, que também querem participar (é admirável ouvir Joe Berardo vertendo lágrimas de crocodilo…), que também são gente, que também vivem neste planeta, proclamam! Não querem, pois, serem esquecidos (como se alguém deles se esquecesse!). Expoente máximo do cinismo! É, contudo, uma jogada de mestre. Para além de estar pouco dinheiro em causa – fala-se num máximo de 1,8% -, o que custa prontificarem-se e tão generosamente contribuir com uns tostões, preservando contudo os biliões? Sim, porque assim são-lhes ractificados os biliões. A partir daqui, a opinião pública valida-lhes esses biliões e fica tudo bem nos dois reinos. Não há mais motivos para 'os ricos que paguem a crise'. Ficam assim finalmente irmanados ricos e pobres. Estão os segundos, mais uma vez, a dar tiros nos pés, a comprometer possíveis soluções políticas de fundo, retirando tema aos políticos e estes agradecem. Solucionam-lhes até um grande problema. Claro que, sabemos por experiência, que também eles não iam fazer coisa alguma…

sábado, 27 de agosto de 2011

Património Kadafiano destruído!

O furacão revolucionário que neste momento arrasa quase toda a Líbia está a destruir quase por completo todo o património recente identificador de Kadafi. Pretende-se, e isso acontece em todas as grandes revoluções sanguinárias, apagar da história do país os vestígios destes últimos 40 anos, para reconstruir um futuro diferente e melhor. Não é meu propósito, neste momento, avaliar os últimos anos da era Kadafi - que foi má -, mas lembrar que se está a destruir economia e um bem futuro altamente rentável: turismo. (A UNESCO hoje mesmo falou nisso). Uma das grandes fontes de captação de divisas e motor de uma florescente industria em muitos países, em quase todos, é justamente o Turismo. A receita do turismo tem um peso significativo nos seus PIB e todos investem, mais e mais, para o potenciar. Sabemos que a Líbia tem petróleo mas também sabemos que os outros seus vizinhos, embora o tendo, estão a diversificar os seus investimentos, incluindo no turismo. O Egipto, também em revolução, preservou o seu património, que sabe ser muito importante para a sua história e para a sua economia.
As agências de Viagens e Turismo têm de ter matéria prima identificada e capaz, para poderem vender ao turista; têm de ter um portefólio diversificado e aliciante (e concorrencial) que seja capaz de o convencer a optar por este ou aquele país. Veja-se o que fez Fidel Castro em cima das ruínas da revolução cubana ou Mustafa Araturk na Turquia! Poucos países terão passado por transformações tão profundas mas, seus líderes, reconstruíram os passados dos seus países e tiraram proveito económico. O que seria Cuba e muitos outros países sem turismo!? É pena pois, embora compreensível, a destruição geral que está a ocorrer naquele país. As casas e os palácios de Kadafi seriam apelativos para o turista e podiam dar muitos empregos a muitas pessoas num futuro próximo, estou certo. O deserto vende pouco e o nada não vende de todo.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cavaco Silva e a história.

A história não será simpática para com CS e, se dele se lembrar, não vai ser por bons motivos. Economista reputado, assim o dizem, não foi capaz de usar essa sua mais valia(?) nas alturas críticas. Sabia(?) que as despesas estavam a derrapar substantivamente, podia dar alertas diversas ao país e aos governantes, 'obrigando-os' a corrigir no tempo certo, e não o fez. Como é que a história vai observar essa sua inércia, essa sua falta de coragem política? (o povo continua a acreditar nele, mas também não percebe nada de finanças). Teve muitos anos muito poder nas mãos mas nunca foi capaz de liderar o futuro: fez sempre uma gestão do imediato, do dia a dia. Governou sempre por debaixo das nuvens, sem horizonte. Teve imensas oportunidades de alterar muitas coisas erradas e não o fez. Deixou hipotecar o futuro. Não tem perfil de líder. Não é visionário. Recebe as suas três(?) reforminhas, e parece ser essa a sua grande preocupação: garantir um bom fim de mês mesmo sabendo que o país não aguenta esses excessos, além de ser socialmente injusto. Sabe que há muitos outros em idênticas circunstâncias, a pesar no OGE e nunca se lhe ouviu uma palavra de condenação (apetece aqui lembrar Ramalho Eanes ao aceitar receber apenas uma das reformas a que tinha direito, abedicando honrosamente da outra!). Teve agora CS uma boa oportunidade de corrigir muitos desses desvarios e, pelo contrário, rejeita-os. Refiro-me à aceitação constitucional do tecto do deficit: o homem não quer. Porquê? Ora sabemos que se isso não estiver aí plasmado, os políticos, quaisquer que sejam, ele incluído, não terão coragem nunca, nem no momento actual, de se obrigarem a tectos máximos de endividamento. Esta pressão da Alemanha/França para que cada país da zona euro aceite o princípio constitucional do endividamento máximo, era uma boa muleta para todos os políticos nacionais. Mas a maioria de esquerda, e CS não quer. Oportunidade perdida. Veja-se a benfazeja presença da Troika e as reformas que vão obrigar a fazer, reformas que os políticos nacionais nunca foram capazes de empreender. Ou seja apenas com pressão externa se reforma, feita por terceiros portanto!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Cancelar obras, não é REFORMAR!

Nos últimos dias temos ouvido alguns ministros tomarem posições sonantes quanto à intenção de corrigir as despesas do estado, nomeadamente Assunção Cristas, em diversas empresas relacionadas com a Expo (80M€), e Álvaro Santos Pereira, cancelando dez troços da Baixo do Tejo (270M€). Se é para travar gastos inoportunos (Expo), adiáveis e porventura injustificados (Baixa do Tejo), aplaude-se a mediada, apesar, de com isso, o estado abdicar de ser o promotor da economia, (contrário à famosa teoria Keynes). Mas atendendo a que não há dinheiro, fica o benefício da dúvida. É demagógico contudo inseri-las no processo de reforma do estado que tanto se esperam. Reformar é outra coisa: é, principalmente, emagrecer o estado onde já é gordo. Institutos injustificados e em duplicado e Fundações que não o são verdadeiramente, são um bom exemplo. Outros sectores de onde se esperam grandes acções de emagrecimento são a Educação e a Saúde, Forças militares/militarizadas (levam uma enorme fatia do OGE: 80%), Autarquias e Governos Regionais. Aí sim estamos todos à espera, até quando…

domingo, 21 de agosto de 2011

O caso Mário Crespo.

Não há almoços grátis, diz-se, e, também aqui o dito é aplicável. Outrora MC investiu no seu futuro num luta(que luta?) que travou com José Sócrates, ajudando a denegrir-lhe a imagem. Foi uma estratégia incentivada e acolitada pelo PSD e o PSD agora quer pagar a dívida: um cargo bem pago nos EUA, disfarçado de jornalismo, pago com os dinheiros públicos da RTP, de todos nós. Não sei como é que caso vai evoluir, uma vez que carga política derramada sobre o caso, por vários sectores, manietou a margem de manobra do governo. O governo ficou muito exposto e, quiçá, pode recuar. Mas fica para a história a subserviência do governo ao poder dos media ou, se se quiser, o governo paga bem aos seus.

sábado, 20 de agosto de 2011

Mourinho, o LÍDER!

No último encontro entre o Real e o Barça, o Barça levou a taça. O Real jogou melhor, nos dois jogos, mas o Barça meteu mais golos: ganhou. No final, Mourinho argumentou que o Barça é uma equipa pequena, ou seja, depois de uma derrota da sua equipa, para lhe manter o ânimo, projectou-a para a frente, minimizou o adversário, dizendo a todos, aos seus jogadores principalmente, que estavam a jogar numa grande equipa e que o futuro era deles. Isto é uma postura de um líder: pega no passado, embora menos bom, e não perde tempo com ele.
Repensa-o para si, e passa para os seus, para o grande público, aquilo que quer do futuro. Os líderes das grandes e pequenas empresas também assim procedem. Não perdem tempos com possíveis insucessos. Na retaguarda fazem a mistura e quando chegam ao público já trazem a solução, comentando o passado com decisões de futuro. Parece haver uma contradição de Mourinho, quando há dois anos, enquanto ao serviço do Inter e jogando precisamente contra o Barça, obrigou o Inter a fazer um mau jogo, mas ganhou a Champions. Mas não, o futuro daquele ano desportivo acabava ali, no final jogo, e levou a taça. Abandonou o Inter logo de seguida.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PPC: homem avisado!

Em jogada de antecipação, sabendo que o futuro dentro do partido não será pacífico, PPC joga xadrez, dispondo as peças: pega em Marques Mendes e Luís Filipe Meneses e amordaça-os como Conselheiros de Estado (quanto recebem mais por isso ? - job for the boys -); em Santana Lopes, e coloca-o numa prateleira dourada na Santa Casa ML (quanto mais vai ele ganhar?); a Nogueira Leite, a vice-presidência da CGD (vai ganhar muito mais ...). Fica de fora a velha senhora, Manuela Ferreira Leite, porque, pela idade, já não protagonizará qualquer futuro. Marcelo Rebelo Sousa, este mais difícil de domar, até porque corre em pista própria e quer manter a sua independência para a eterna candidatura a Belém e Pacheco Pereira, que tal como Marcelo nunca gostou de PPC, estes, não consegue acantoná-los e vai te de suportar a sua liberdade de expressão, a contragosto. Até porque, no caso de Marcelo, é impossível arranjar-lhe um lugar onde possa ganhar mais do que com a sua actividade actual: fala-se em 60.000/mês.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O homem (PPC) não vai lá ...

PPC, antes de chegar a S. Bento, defendia tenazmente a privatização de muitas empresas, incluindo a CGD, pasme-se, (tendo em conta o actual contexto)! Agora nem a RTP consegue privatizar. Não estou a dizer que concorde/discorde de tal, apenas sublinho a incapacidade que demonstra em tomar decisões difíceis, nomeadamente esta que ia contra o nº um do PSD – FPBalsemão –. Sabemos que tal decisão poderia acabar com a SIC, provado que está, em particular na fase económico/financeira que se vive, de que o bolo da publicidade não dá para tanta gente. Mas, pergunto, o homem não sabia já disso? Era ignorante ao ponto de não acompanhar a vida das empresas e do pais? Estou certo que sabia, só que, o que os eleitores queriam ouvir era um discurso novo e, mais importante, o que importava era chegar lá, a S. Bento. Chegou e não sabe agora o que há-de fazer, que rumo tomar. Ai de nós … Digo-o com pesar porque os tempos não estão para hesitações. Urge tomar medidas e haja quem as tome depressa e bem. Tinha-lhe dado um voto de confiança, vamos ver até quando!
Outro exemplo: a questão polémica dos professores! Do que se sabe, admito que se venha a assinar ‘um acordo’. Mas que acordo? Não terá nada a ver com o anterior e, bàsicamente, ficará tudo na mesma. Ou seja a tão desejada reforma no sector fica mais uma vez adiada, sine die. O homem não tem coragem para ‘reformar’ coisa nenhuma. Coragem, falta-lhe coragem. Não é fácil, sabemo-lo, promover reformas sérias e aguentar uma confrontação com uma corporação rica com esta, mas é disso que o país precisa: reformas profundas!
Dão-se alvíssaras a quem encontrar essa pessoa certa!
Outro exemplo ainda: TGV
Alguém duvida que este governo vai construir o TGV? Acompanhe-se a visita do ministro Álvaro Pereira a Espanha. Qual a mensagem? - Daremos uma resposta em Setembro! Porque não já, se era um assunto ‘resolvido’, inclusive foi grande tema de campanha? Ora, ora! Quantos votos ganhos por conta deste argumento. Mais uma vez: o homem não sabia o que andava a prometer? Sabia certamente, mas apenas o contrário conquistava votos.

E ainda a procissão vai no adro!

Quanto é que PPC vai custar ao país?

Muita gente afirmou, antes das eleições, que PPC não estava preparado para governar. É impossível quantificar esta afirmação, òbviamente, mas estamos a falar de um país, de biliões portanto e, principalmente, de um país em banho maria, hipotecado à impreparação, à espera da luz verde. Até quando? Ocorre-me a celeridade com que o 1º ministro inglês, David Cameron, tomou as medidas que tinha pensado aquando ainda na oposição, i.e., preparou-se na oposição para ser primeiro ministro, tinha já em carteira as medidas que julgava adequadas às circunstâncias (igualmente difíceis) e, lá chegado, aplicou-as. O país não ficou à espera ‘meses’ que se fizessem estudos. Certas ou erradas, o futuro dirá, mas o país não ficou parado, como está o nosso. Nesta corrida contra o tempo, a ausência das medidas certas está a ficar-nos cara: 50% do 13º mês, Iva a 23% no gás/electricidade… dinheiro usado para tapar buracos que as reformas (do lado da despesa) deviam resolver. Mais e não menos importante: estas medidas, do lado das receitas, inviabilizam futuras soluções de emergência nacional. Daqui para a frente só é possível absorver dinheiro do lado da despesa. Do cidadão não é possível sacar mais. Está a ficar exangue. Oxalá não cheguemos à situação grega: exangues +++.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O MONSTRO! (Funcão Pública)

Até 25ABr’74, a população portuguesa em geral (em especial o ‘povo’), vivia em condições de humanidade difíceis e acabrunhantes. Com o eclodir da revolução dos cravos a vontade de equiparação com os demais países no domínio social, mormente os Europeus, veio ao de cima e, de conquista em conquista, foram-se alcançando vitórias sociais importantes. Unidos em Sindicatos e Centrais Sindicais, dinamizados por estes, foram-se consagrando direitos em cima de direitos. Sempre a reivindicarem mais e mais, independentemente de se saber se havia ou não para distribuir. Foram criadas fortes corporações, em especial no Sector Público – quer do estado, directo, quer das empresas públicas - . Ficaram tão fortes que nenhum governo até hoje conseguiu equilibrar o rendimento com a s/ distribuição. Para agravar este binómio – receitas/despesas -, há o factor eleições, que ninguém quis perder, dando/confirmando benesses para conseguirem vencê-las, à custa da hipoteca do futuro. O sector público, num crescendo imparável, tomou as rédeas da distribuição da riqueza nacional e abocanhou a grande fatia. Os funcionários públicos aumentaram desmesurada e descontroladamente: rapidamente de 400.000 passaram para 700.000. A acrescentar ao número exorbitante, há os bons ordenados auferidos (> em 500€/mês, se comparados com os privados); lugares de chefia em duplicado (1018 diz o último estudo, só nas finanças e educação); organismos também em duplicado, 60 diz o mesmo estudo. E agora, que não há dinheiros para manter tudo isto, pergunta-se: que fazer? Sabemos que não é fácil, a quem chega, resolver estes problemas de décadas, porque mexe com a vida das pessoas e são muitas e mexe também nos equilíbrios sociais estabelecidos. Têm contudo, atendendo ao momento que vivemos, de aproveitar a oportunidade (de ouro) para, não digo desde já resolvê-lo em definitivo, mas no mínimo fazer algo que minimize o problema e o projecte para futuro. Lembra-se que o Sector privado não tem estas redes de amparo: quando é preciso, inova-se, reformula-se, investe-se e até se despede. Repito: o sector público está a levar o país à ingovernabilidade, quiçá – oxalá não – à falência. Se é preciso rearranjar, acho que se deve começar por onde está francamente mal: o sector público. Reajuste-se aos poucos os salários, as reformas (as professoras primárias ganham à volta de 2.500/mês), os sectores especias de saúde (adse) e demais. Integre-se tudo o SNS. Um só sistema. Reajuste-se equiparando os políticos ao cidadão em geral. (Marques Mendes veio reformado aos 50 anos, depois de 20 como deputado. Porquê esta benesse? A Mota Amaral – ex. Presidente da AR -, foi-lhe atribuído BMW e gabinete. Porquê?
Nota 01: Em 2010, segundo artigo de jornal, os funcionários públicos faltaram em média 18dias/ano por baixas. (?!?!?!)
Nota 02: Trabalho no privado há mais de 30 anos e não me lembro de ter faltado, nunca.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Acordo na UE. Que alívio!

Não fora a Agência de Rating Fitch que ao final da tarde de hoje, mais uma vez, baixou o nível da dívida grega, todo o mundo, se regozijou com a solução económico/financeira que a UE - liderada pela França e Alemanha (mais uma vez o eixo franco/alemão a funcionar) - ao fim de tanto tempo (tempo de mais), conseguiu encontrar para a Grécia, extensível a Portugal e Irlanda. Principalmente os PIIGS, mas também todos outros países da UE e todo o mundo em geral aplaudiu vibrantemente as medidas tomadas: baixa da taxa dos juros dos empréstimos para 3,5% e o dobro do tempo para o seu pagamento, e ainda um novo empréstimo à Grécia de 110MM€. Wall Street reagiu bem, o preço do petróleo subiu de imediato, o preço ouro baixou, o Euro subiu e as bolsas em geral subiram (na Grécia 8%). O mundo respirou de alívio! Ao fim de longos meses de muita angústia em várias geografias, parece que se vai poder respirar melhor nos próximos tempos. Até quando? Penso que ninguém o poderá afirmar com segurança: dias, meses... A ver vamos. Há ainda muitas nuvens no horizonte a toldarem o futuro, e varrê-las não é possível com uma qualquer varinha de condão.

Passos engorda número de gestores da Caixa...

Assim não vamos lá e andam, novamente, a enganar-nos. "Passos Coelho aumenta de 7 para 11 os gestores da CGD", é o título da notícia. Afinal a história que Passos Coelho nos estava a contar, colorida de boas intenções, com a eliminação dos Gov. Civis, foi para adormecer: diminuiu aqui 18 e aos poucos vai a aumentá-los noutros lados. Para já na CGD. "Job for the boys". Assim não. E mais, a CGD vai vender a PT, a EDP, a ZON, entre outras. Para quê mais administradores, pergunta-se! Não me venham com o argumento do novo modelo de governação, dito anglo/saxónico (bicéfalo, Chaiman/Ceo), de que, está provado, apenas serve para, em vez de um, colocar dois boys. Polìticamente, em campanha eleitoral, este mesmo Passos Coelho, tinha prometido reduzir em 15% estas nomeações...Por outro lado ainda, sempre existiu o chamado 'acordo de cavalheiros', entre PS e PSD, em que o Presidente da CGD seria do partido que estivesse na oposição...Há no ar, pois, muitos sinais já de incongruências e faltas à palavra dada. E ainda só passou um mês das eleições. Vamos ver até que ponto! Assinalo ainda o recrutamento de Nogueira Leite para vice da CGD. O Homem conseguiu finalmente um 'tacho'. Na oposição lutou ferozmente por ele. Será nesta altura um homem realizado e feliz: conseguiu! ...já tinha sido Secretário de Estado com António Guterres!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

...mais de150 chefes de polícia tem direito a carro e motorista!

Bem pode Passos Coelho viajar em classe turística! A ideia de viajar em classe turística ou 'decretar' que os ministros e ele próprio, aos fins de semana, não usem os serviços do estado - carros, etc - se não em trabalho, em si mesma e atendendo à situação do país, entendida como exemplo, não é má. Só que, se não se estender capilarmente a todo o estado, é pràticamente inócua e demagógica. De efeitos económico/financeiros irrelevantes. Ora o que seria oportuno e de ganhos financeiros e éticos consideráveis, assim Passos Coelho tivesse força e coragem política para a impor, seria a de 'forçar' que essa medida fosse adoptada por TODOS os Users do estado. Não só ganhava o país, como ganhava ele próprio força política para 'impor' à população as medidas da 'troika'. É que ele vai precisar a breve prazo e muito dessa força para levar a cabo aquelas medidas. Oh se vai… Ocorrem-me dois Users que não seguem tal princípio e deviam: Presidentes de Câmaras e Chefes de Polícia. Nem uns, os presidentes de Câmara, nem outros, os Chefes de Polícia, são credores de tais reconhecimentos e distinções públicas; tão pouco outros ‘direitos’, nomeadamente, o uso privado de motorista. Excesso de mordomias! Sua passagem pelo lugar, os primeiros, é meramente acidental (vou ignorar por ora os presidentes das Câmaras de Braga/Vila do Conde, etc…). Sabemos que essa passagem é muitas vezes um óptimo investimento profissional futuro, para além de outros proventos imediatos. Estes 'direitos' que a classe política em crescendo após o 25Abril'74 usurpou, estão na hora de acabar. A oportunidade é de ouro e tem de ser aproveitada. Vem-me à cabeça muita coisa que tem sido publicada sobre 'direitos' atribuídos aos cidadãos gregos. É tempo de arrepiar caminho e não levar tanto à letra os exemplos gregos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Faits Divers!

Algum élan político que os actuais governantes e seus apoiantes adquiriram nas últimas eleições está a esmorecer. O pavio está a apagar-se. É agora o tempo de actuar e tomar as medidas difíceis, não só porque o país delas precisa como também, já agora, foi exactamente isso que prometeram e com o que ganharam as eleições. Ou seja, a população disse-lhes, sim senhor, levam o voto mas façam o que é preciso. Poderia ser aproveitada a oportunidade do facto do PS 'estar de costas' e a oposição em geral estar ainda cabisbaixa com o resultado eleitoral e ainda algumas indefinições de liderança de alguns partidos. E, o que perece, é que estão a dormir. Alguns manobras de diversão estão a surgir com impacto na comunicação social, mas disso não passam: faits divers…Como dizem os brasileiros, fazem que andam e não andam: a questão dos estaleiros de Viana do Castelo foi adiada; as gravatas de Assunção Cristas, divertem mas não resolvem; o adiamento do fecho das 600 escolas, mostra medo e perda de oportunidade; os 50% sobre o subsídio de Natal, compreende-se mas não está aí a solução. Todos o sabem. Tantas vezes, na oposição, apregoaram que actuariam do lado da despesa e nada se vê de concreto. Os comentadores habituais, nota-se claramente, estão numa fase de apoio acrítico para dar alguma margem as que as esperadas medidas apareçam. Atendendo ao grave problema em o país está mergulhado, também estou em silêncio, apoiando portanto, mas atento e exigente: façam o favor de trabalhar. Mostrem de que barro são feitos.

domingo, 20 de março de 2011

3ª Idade na China x Portugal

Existe na China um culto milenar que honra e dignifica a velhice, culto que se perde bem lá longe na história cultural e comportamental da sociedade chinesa. Ainda hoje assim é. Respeita-se muito os velhos. As gerações mais novas vêem neles um depósito vivo de sabedoria, bebendo dela também nos usos e costumes do seu dia à dia. Sábia cultura. É tão sábia que, à falta de apoios sociais do estado, é precisamente essa filosofia de vida tão enraizada nas populações, que proporciona uns fins de vida menos má, mais humana. As gentes mais novas de hoje sabem que amanhã poderão contar também com esses apoios.
Portugal, nomeadamente nos anos 50, foi um pouco assim, com a grande diferença de que para os velhos não havia nem cultura similar, nem apoios estatais, nem os jovens, mesmo querendo, tinham dinheiro para suportar esse custo. Os velhos, andrajosos e esfomeados, mendigavam de casa em casa, dia à dia, para sobreviverem. Cenários tristes, bem tristes. A sociedade pós 25ABRIL'74 tentou resolver o problema e fê-lo com algum sucesso, conseguindo-se que um estado solidário assumisse o custo. Até quando, eis a grande questão que hoje, com a dinâmica económico/financeira quase paradas, se coloca. De onde poderá continuar a vir o dinheiro para sustentar este bem social, agravado com o enorme aumento da esperança média de vida? Grande desafio político se coloca à sociedade e aos decisores!

terça-feira, 15 de março de 2011

25ABRIL'74-Ideias generosas

As Ideias-Força, voluntaristas e generosas que brotaram com o 25ABRIL74, difundiram na Sociedade Portuguesa a ideia de que o Estado seria, a partir dali, o grande, o principal e até o único responsável pela segurança social dos cidadãos, devendo ser capaz de acolher e responder a todas as situações. Extrapolou-se essa função de cobertura social para o grande condutor da economia. Tudo ficaria dependente da dinâmica que o estado fosse capaz de imprimir nos mais diversos sectores. As ideias pcpistas do estado patrão enraizaram e fizeram o seu caminho e ainda hoje são a âncora maior para a estabilidade e segurança social. Por dá cá aquela palha, se chama pela intervenção do estado. Está de tal modo sedimentada a ideia que, sair dela, vai ser muito difícil. E, goste-se ou não, temos de sair dela. O estado, nomeadamente no sector social, a médio prazo, não vai ser capaz de o continuar a financiar como até aqui, pelo simples facto de que não vai ter dinheiro. O que fazer? Qual a solução possível? Talvez um mix de ambas (público/privado). Embora haja sectores que devessem ser consideradas públicos (rede de água, o melhor exemplo), falta saber até que ponto - não esquecer as imposições da TroiKa – o estado lhes consegue escapar. Por outro lado, e aqui é que está o ponto, a gestão pública, salvo raríssimos casos, tem-se revelado desastrosa na gestão empresarial (custos incontrolados), não contribuindo para um bom funcionamento da economia, alavancando-a desmesuradamente. A discussão está a fazer-se. Aguardamos as conclusões se é que vão acontecer.