terça-feira, 15 de março de 2011

25ABRIL'74-Ideias generosas

As Ideias-Força, voluntaristas e generosas que brotaram com o 25ABRIL74, difundiram na Sociedade Portuguesa a ideia de que o Estado seria, a partir dali, o grande, o principal e até o único responsável pela segurança social dos cidadãos, devendo ser capaz de acolher e responder a todas as situações. Extrapolou-se essa função de cobertura social para o grande condutor da economia. Tudo ficaria dependente da dinâmica que o estado fosse capaz de imprimir nos mais diversos sectores. As ideias pcpistas do estado patrão enraizaram e fizeram o seu caminho e ainda hoje são a âncora maior para a estabilidade e segurança social. Por dá cá aquela palha, se chama pela intervenção do estado. Está de tal modo sedimentada a ideia que, sair dela, vai ser muito difícil. E, goste-se ou não, temos de sair dela. O estado, nomeadamente no sector social, a médio prazo, não vai ser capaz de o continuar a financiar como até aqui, pelo simples facto de que não vai ter dinheiro. O que fazer? Qual a solução possível? Talvez um mix de ambas (público/privado). Embora haja sectores que devessem ser consideradas públicos (rede de água, o melhor exemplo), falta saber até que ponto - não esquecer as imposições da TroiKa – o estado lhes consegue escapar. Por outro lado, e aqui é que está o ponto, a gestão pública, salvo raríssimos casos, tem-se revelado desastrosa na gestão empresarial (custos incontrolados), não contribuindo para um bom funcionamento da economia, alavancando-a desmesuradamente. A discussão está a fazer-se. Aguardamos as conclusões se é que vão acontecer.

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