Até 25ABr’74, a população portuguesa em geral (em especial o ‘povo’), vivia em condições de humanidade difíceis e acabrunhantes. Com o eclodir da revolução dos cravos a vontade de equiparação com os demais países no domínio social, mormente os Europeus, veio ao de cima e, de conquista em conquista, foram-se alcançando vitórias sociais importantes. Unidos em Sindicatos e Centrais Sindicais, dinamizados por estes, foram-se consagrando direitos em cima de direitos. Sempre a reivindicarem mais e mais, independentemente de se saber se havia ou não para distribuir. Foram criadas fortes corporações, em especial no Sector Público – quer do estado, directo, quer das empresas públicas - . Ficaram tão fortes que nenhum governo até hoje conseguiu equilibrar o rendimento com a s/ distribuição. Para agravar este binómio – receitas/despesas -, há o factor eleições, que ninguém quis perder, dando/confirmando benesses para conseguirem vencê-las, à custa da hipoteca do futuro. O sector público, num crescendo imparável, tomou as rédeas da distribuição da riqueza nacional e abocanhou a grande fatia. Os funcionários públicos aumentaram desmesurada e descontroladamente: rapidamente de 400.000 passaram para 700.000. A acrescentar ao número exorbitante, há os bons ordenados auferidos (> em 500€/mês, se comparados com os privados); lugares de chefia em duplicado (1018 diz o último estudo, só nas finanças e educação); organismos também em duplicado, 60 diz o mesmo estudo. E agora, que não há dinheiros para manter tudo isto, pergunta-se: que fazer? Sabemos que não é fácil, a quem chega, resolver estes problemas de décadas, porque mexe com a vida das pessoas e são muitas e mexe também nos equilíbrios sociais estabelecidos. Têm contudo, atendendo ao momento que vivemos, de aproveitar a oportunidade (de ouro) para, não digo desde já resolvê-lo em definitivo, mas no mínimo fazer algo que minimize o problema e o projecte para futuro. Lembra-se que o Sector privado não tem estas redes de amparo: quando é preciso, inova-se, reformula-se, investe-se e até se despede. Repito: o sector público está a levar o país à ingovernabilidade, quiçá – oxalá não – à falência. Se é preciso rearranjar, acho que se deve começar por onde está francamente mal: o sector público. Reajuste-se aos poucos os salários, as reformas (as professoras primárias ganham à volta de 2.500/mês), os sectores especias de saúde (adse) e demais. Integre-se tudo o SNS. Um só sistema. Reajuste-se equiparando os políticos ao cidadão em geral. (Marques Mendes veio reformado aos 50 anos, depois de 20 como deputado. Porquê esta benesse? A Mota Amaral – ex. Presidente da AR -, foi-lhe atribuído BMW e gabinete. Porquê?
Nota 01: Em 2010, segundo artigo de jornal, os funcionários públicos faltaram em média 18dias/ano por baixas. (?!?!?!)
Nota 02: Trabalho no privado há mais de 30 anos e não me lembro de ter faltado, nunca.
Nota 01: Em 2010, segundo artigo de jornal, os funcionários públicos faltaram em média 18dias/ano por baixas. (?!?!?!)
Nota 02: Trabalho no privado há mais de 30 anos e não me lembro de ter faltado, nunca.
Sem comentários:
Enviar um comentário