domingo, 14 de fevereiro de 2010

Independência Jornalística!

Ao longo da última legislatura, e também na era Cavaco (o que ele fez para conseguir a maioria!), a oposição de agora e a de outrora - incluem-se portanto todos os agentes políticos - defenderam, exaustivamente, como melhor sistema político, o da governação de uma minoria. O argumento de agora e o de então era o de que um governo minoritário era mais democrático (governaria mais próximo das pessoas), tentando assim fragilizar quem estivesse no poder semeando na sociedade a ideia de que os governos maioritários não o são tanto quanto os outros.
Para ampliar esta ideia força, é utilizada a comunicação social, toda ela. Sabendo nós que a independência da comunicação social visa servir justamente os diferentes grupos que de resto lhes paga, temos que ganha essa batalha quem mais comunicação conseguir arregimentar, quem consegue falar mais alto. Os jornalistas, no geral, a coberto da bondade da ideia da independência jornalística, estão pois ao serviço - sempre - de uma ou outra correntes. As últimas peripécias ocorridas inserem-se neste contexto. TVI, SOL, PÚBLICO serviram os seus grupos disfarçados de D. Quixote.


Percorrendo os governos europeus em geral, salvo raras excepções, são governos ou maioritários ou com alianças parlamentares sólidas capazes de imprimir à sua governação um rumo certo, rumo que transmita à população em geral a percepção de que os seus destinos estão em boas mãos.
Defender o contrário não é sério. Está mais que provado. E em Portugal muito mais. Com as percentagens das forças partidárias existentes no terreno não é viável uma governação minoritária. Acrescente-se ainda a crise e a dificuldade que qualquer governo minoritário tem para tomar as medidas necessárias, e temos explicado o clima político entre nós.

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