69 de idade atingidos, Yes!, e isso é ótimo, mas apenas 68 primaveras vividas. Sim, convenhamos, esta primavera que decorre assim enclausurado não conta para esta conta. Logo, fico com um crédito de uma primavera que resgatarei mais tarde, bastante mais tarde. Faço questão disso nem que para tal tenha de contratar o ‘cobrador de fraque’. Tenho direito e ponto final. Não obstante o andar rápido da estação, vou tentar apanhar a que ainda tenho pela frente. Um mês e meio, quase, não se pode desperdiçar. Mesmo mascarado aí vou eu.
De resto, foi um ‘festejo’, como dizer, confinado. E todos já sabemos o que esta palavra, muito em uso nos nossos dias, significa! e que vamos, de resto, repetir por mais uns teeeeempos. Tempos que usarei para saborear uma a uma vossas mensagens e rever ao ralenti algum passado comum. Mensagens vindas de alguns amigos da meninice, da juventude, da primeira experiência profissional, dos camaradas d'armas e especiais amigos, muitas da segunda fase profissional (TermoNor e Tudor), incontáveis da profissão de uma vida (Banco), transnacionais e transatlânticas também, calorosas de amigos recentes (Viagens), de desagrupados, da família alargada (FdQ e FdV) e próxima (m&c). E fecho com as dos meus mais que tudo: esposa, filha/genro e dos meus dois pequenos Príncipes Encantadores. Até estes não pude abraçar ainda e da rua para a janela vai uma distância imensa, sem medida, inatingível, intocável e, porque não dizê-lo?, dolorida. Às vezes, quando de lá venho, estanco com dificuldade o que poderia originar uma carreirinha de gotas d'água saídas da saudade de um abraço apertado. Por outro lado invade-me um contentamento tranquilizador por ver os quatro, ainda que de longe - como que encaixilhados na janela -, serenos, alegres e sorridentes. E o coração desaperta-se assim um pouco.
Mas vou contar-vos um segredo esperando que o ‘nosso amigo’ - que sabemos andar por aí - não nos ouça: vieram os quatro cá a casa e cantaram-me os ‘parabéns a você’. Entraram com sorrisos lindos porém contidos e cumprimentos divertidos de toque de pé. Resistimos ao abraço e mantivemos as distâncias de segurança possíveis. Pratiquemos a 'distância social', ironizou o pequenote!
Não foi tudo mas foi muito. Quero acreditar que o ‘nosso amigo’ considerará isto um pecadilho tolerável e não nos penitenciará. Ficaria chateado com ele.
Quando não há bolo as migalhas são preciosas e adquirem sabores intensos.
Ah!, como desejo abraçar estes quatro!?
E o dia foi fechando com os 'parabéns a você' cantados por todos os m&c por vídeo ZOOM.
Aqui emocionei-me um pouco, confesso.
Esta ‘viagem’ convosco, por entre tanta gente, foi não só agradável como reacendeu o desejo de nos voltarmos a encontrar. Espero que em breve. Oxalá o nosso ‘amigo’ comum se vá embora depressa. E não deixa saudades.
Estou certo que melhores dias e outras formas de vida virão. E com abraços, claro.
Para já, continuaremos a ver-nos por aqui.
Fiquem bem.
Protejam-se.
Obrigado pelas vossas lembranças.
Abraço igual ao de sempre: forte e sentido.
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