sábado, 31 de dezembro de 2016

Caminhadas em 2016: 3.340 Km

- “O exercício físico regular e não forçado é o melhor investimento que pode fazer na sua saúde: evita muitos comprimidos”;
E ainda:
- “dispõe bem, eleva a autoconfiança e a autoestima”.
Prof. Dr. Fernando Castro Poças (meu médico) dixit.
- eu já faço isso, Prof., aquiesci, oxalá a natureza faça a parte dela e não me atraiçoe.
- “Sim, mas temos de lhe dar uma ajuda”, sentenciou.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Natal m&c (pub fb FdQ)

Fazia anos, bastantes, que aguardávamos a oportunidade de voltar a reunir num mesmo espaço todos os elementos desta família para consoarmos na Noite de Natal.

Graças à determinação dos nossos filhos e ao reajuste de algumas rotinas natalícias, este ano, esse mui adiado desejo, concretizou-se. Estivemos (quase) todos: 31 (de 34).

[nossa mãe e pai - a tia Ana e o tio Avelino - estarão com um sorriso feliz nos seus corações]

Muita (saudável) confusão, muito entusiasmo, muita alegria animaram a ceia, a que a generosidade do Papai Noël veio relembrar “meninice” aos adultos, energia inesgotável e candura contagiantes aos pequeninos.

Foi, como podem imaginar, uma Noite de Natal especial e por isso a partilho com vocês.

Abçs de todos nós para toda a FdQ, com votos de que tenha sido - em todas as casas - uma Noite Feliz.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Trump: 45º Presidente da América (e do mundo)

Ainda estou atónito e a digerir com esforço a vitória eleitoral de Trump. Admitia tal hipótese mas acreditava que Hilary ganhasse embora escassamente. Acompanhei com especial atenção todo o processo e a súmula de tudo o que a grande imprensa traduzia apontava para Hillary.

As primeiras notícias do dia, além de “chocantes” resultaram num misto de incredulidade e preocupação.
Governos, Instituições, políticos, politólogos e comentadores habituais estão cautelosos e a temporizar reações, tentando influenciar com acerto o futuro.

E que futuro nos aguarda? Será o presidente Trump igual ao candidato Trump?

Habituamo-nos ao longo dos últimos muitos anos a ter um presidente americano, uns mais que outros, mas no geral todos numa certa linha de continuidade. Ora, agora com Trump, aconteceu uma revolução autorizada; por dentro do sistema. Legal.

Muitas questões pairarão nas cabeças de muita gente e nos vários sistemas em que assenta o funcionamento mundial. Todos estarão neste momento a refazerem-se do choque mas também a prepararem-se ou a ajustarem-se desde já para as mudanças que aí virão.
Serão muitas, serão poucas? Ainda é cedo para vislumbrar as decisões que Trump efectivamente tomará quer a nível interno quer, principalmente, externo.

Quero acreditar numa ideia escrita no livro ‘Porque Falham as Nações’. Lá se diz (cito de cor) que "a democracia americana é tão forte, com tantos contrapoderes, que resistirá com qualquer presidente".

Espero eu a tempo de evitar decisões avulsas e tendo sempre o bem estar da humanidade como primeiro grande critério.

Um pouco, aliás, do que está a acontecer na GB. O governo, para além das naturais indecisões para saber ao certo que rumo tomar, tem de contar também com o exercício legal do poder de outras Instituições. Tribunais, p. ex.

O inesperado Brexit e agora também o inesperado Trump, para além de desacreditarem a imprensa dominante, vêm reforçar os movimentos populistas existentes na Europa (França, Itália, Alemanha, Espanha...) e estimular a criação de outros.
O problema é que o populismo é um parente chegado do totalitarismo ou anarquismo.

P.S.
“As elites, os media e as empresas de sondagens estão mais próximos do establishment (ou das suas fontes) do que dos seus leitores. O “New York Times”, assim como a esmagadora maioria dos jornais, não entendeu o que se estava a passar na América. E o único caminho é fazer um mea culpa”
Miguel Cadete, Dir. Adj., Expresso.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

... um ano depois: Mãe

04-11-2015
04-11-2016

Sabes, Mãe, se cá estivesses - tu e o pai - (e ainda estão), iriam continuar orgulhosos e até vaidosos da vossa família, dos m&c. E já agora ficam a saber que continuamos, como sempre aspiraram, sem esforço e com alegria, muito amigos, felizes e sempre atentos uns aos outros. Sabemos e preocupamo-nos com o que se passa com cada um de nós, como outrora nos incentivaram.

Os vossos filhos continuam a encontrar-se com regularidade e vejam lá - desta vão gostar mesmo! - os vossos netos e bisnetos agora também se encontram a sós: os primos.
Já estou a ver um sorriso enorme nos vossos corações.

O Chiquinho está bem, com saúde de ferro e a sonhar com camionetas e a Isabel a emprestar-lhe um ouvido paciente; tem quase o curso de guia turístico... Seus filhos também estão bem e seus netos cada vez mais bonitos.

A Mila é cada vez melhor cozinheira e o Toninho muito trabalhador e sempre a trazer coisas do campo para casa e ainda distribui por todos nós. Seus netos estão lindos. O Gonçalo está a jogar Vólei no Espinho. A Constança está muito esperta e é o bibelô daquela casa. Os outros estão todos bem.

O António está reformado e não faz nada. Dá uns passeios lá pelas redondezas e prova os petiscos sempre aprimorados da Branca. A Sara e o Luís estão bem. Estão numa casa nova, muito bonita. Iriam gostar de ver. A Rita e o Simão estão um encanto e falam muitas vezes na avó de 100 anos...

O Zé continua a fazer contas e mais contas a ver se acerta a conta para a reforma e assim fazer mais companhia à Fátima. Sabem, mudaram de casa e de lugar: foram viver para Matosinhos. Estão a morar perto do António e os quatro fazem-se muita companhia.
O Zé Pedro está a viver com a Cristina em Lisboa. Iriam gostar dela, com certeza. Netos é que ainda não há, apesar do “pedido de várias famílias”.

O Fernando trabalha agora numa Empresa em Matosinhos e, ele e a Anita, também andam a fazer as contas para a reforma. Mas parece que a conta deles não está a dar certo, para já.
Os filhos estão ótimos. A Rita vive com o Bruno, que também iriam gostar de conhecer. Netos, também não há, apesar do “pedido de várias famílias”.
As famílias bem pedem, mas…

Também ficam a saber que conseguimos reunir em Agosto, 15, muita gente da FdQ: 115. Foi um bonito encontro de que se iriam orgulhar.

E foi assim este ano.

Saudades de todos nós.
*

Mãe, Pai,

Regresso aqui para vos dizer mais uma coisa que vos deixará muito contentes e aliviados:

“já não precisamos de vocês”.
(desculpem a rudeza da expressão, mas vão ver que é certa)

E sabem porquê?
Porque já todos caminhamos pelos próprios pés - cada qual na sua fase da vida / os mais novos na sombra dos mais velhos -, a olhar o mundo de frente, tentando descobrir o nosso próprio caminho. Uns dias mais fáceis outros mais trabalhosos. Mas sempre foi assim como, melhor que nós, muito bem sabem.

Estamos confiantes e cheios de coragem acreditando que tudo vai correr bem.
O alicerces que nos deixaram estão a revelar-se suficientes para as lides e imprevistos da vida.

Isto quer dizer que vos guardamos colados ao coração, mas também vos queremos libertar de preocupações, dizendo-vos que estamos a ser capazes de, sem vocês, caminhar com segurança. Todos.
Não se preocupem, pois, conosco.
Fiquem bem.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Eleição do Secretário Geral da ONU

1.
Não é fácil descartar António Guterres da análise que se possa fazer a propósito da sua candidatura ao cargo de Secretário Geral da ONU. A sua concidadania pesa e de alguma forma condiciona o dever de isenção opinativo necessário de qualquer português a uma tomada de posição sobre o assunto. Assumo, portanto, que o que à frente direi enferma desse pecado original.

2.
Deixo agora de parte a sua ação ou inação, do que foi ou não foi, enquanto político português.

3.
Refiro a sua passagem pela ACNUR para dizer que fiquei com a ideia de que cumpriu o cargo exemplarmente com uma empenhada, louvável e impressiva carga de humanismo reconhecida internacionalmente, que me lembre, unânime.

4.
Pelas suas qualidades humanas e pessoais penso que António Guterres tem o perfil certo para o lugar.
Destaco a propensão, capacidade e facilidade para estabelecer pontes de diálogo e eventuais concordâncias agregadoras como das mais importantes de um Secretário Geral da ONU. Conseguir sentar a uma mesma mesa e pôr a falar desavindos, alguns em guerra, e gerir interesses contraditórios, pode ser o caminho mais rápido para atingir bons resultados, evitando conflitos e salvando vidas.
Porá, com certeza, o ser humano em primeiro lugar em detrimento de outras causas menores.

5.
Como obrigam as novas regras, criadas para dar mais transparência ao processo eletivo, sujeitou-se a exames duríssimos (5 até agora) no seio da própria ONU e em todos passou com distinção e brilhantismo, deixando pelo caminho inúmeros concorrentes.

6.
Agora, já quase no fim da maratona dos escrutínios, forçando e confundindo as regras da Instituição, aparece a búlgara Kristalina Georgieva com combustível bastante para ultrapassar pela direita quem, até ao momento, liderava destacado as preferências e “encorajamentos” (expressão em uso no processo) de muitos países.
… porque é de Leste, porque é mulher e, principalmente, porque é apoiada pela Alemanha que, não tendo direito de veto, tem peso importante neste xadrez.
Resta saber se da Argentina não aparecerá ainda Susana Malcorra empurrado pelos EUA (mas não pela Inglaterra por causa do inesquecível episódio das Malvinas/Falkland). Pela vistos haverá vindima até tarde; há, pois, que manter os cestos disponíveis para colheitas de última hora.

7.
Sempre soubemos que os 5 que detêm direito de veto na ONU (EUA, China, Rússia, UK e França), têm a última palavra. Sempre assim foi e, apesar de terem mudado as regras sujeitando a eleição ao resultado da votação democrática dos 15 membros permanentes do Conselho de Segurança, assim será: vai ser decidido pelos 5.
Também sabemos que nenhum dos 5 (que se saiba) votou contra António Guterres nas audições preliminares, mas sabemos agora que o fizeram com uma reserva mental a todos os títulos lamentável, condenável e nefasta para a clareza democrática que apregoavam.
A “real politik” e os detentores do poder a sério, têm estes “esperados” comportamentos, jogando um jogo estranho e incompreensível, quando se guardam secretamente para o Xeque Mate.
Esperava-se da Organização máxima Mundial das Nações lisura e transparência nas suas ações.
E afinal o jogo continua viciado.

É nessa fase que estamos.
Até agora avançaram os peões e eles, os 5, deixaram que se mostrassem ao mundo num jogo de espelhos democrático falso.
Está a chegar a hora dos Karpoves e Gasparoves se posicionarem para os lances finais.
O jogo acelerou de ritmo e já não demora muito a arrumação definitiva das peças.
Espero que António Guterres (com apoio nacional) resista firme, impávido e sereno no seu propósito e aguarde que a sorte do jogo lhe caia de bandeja e o leve à 1ª cadeira da ONU.
Daqui para a frente já não depende dele (se é que alguma vez dependeu) mas do que vier a passar-se nos obscuros bastidores, principalmente, de Washington e Kremlin.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Parabéns, Ritinha.

Olá, Ritinha,

Nestas duas fotos estás muito bonita mas, se eu conseguisse ali colocar as que tenho guardadas no meu coração (e são tantas e tão expressivas), faríamos um filme espetacular de que és a personagem maior.
Teria um pequeno inconveniente: demoraria 8 anos a ver...
Sugiro, então, que o vejamos  noutra altura e que continues, por ora, a ser o meu Modelo, pois quero tirar muitas mais.
Sei que vou continuar a obter fotografias de uma menina linda, alegre, divertida, que gosta muito dos Papás, do Mano e dos Avós, e isso me deixa muito feliz.
Sei, também, que gostas da tua escola, tens muitos amiguinhos, te divertes no ballet e adoras a tua ginástica e com isso também fico super contente.

Reservei para ti um enorme espaço onde cabem imensas fotos; ‘infinitas e mais além’, como dizes.
Um dia, com tempo, vê-las-emos juntos.

E agora, vamos festejar os teus anos.

Quando os olhos do coração se põem a falar um com o outro, por certo que exageram mas não se mentem”
Myself, dixit.

O Avô que te adora.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

“Tudo está no seu lugar, graças a deus, graças a deus” - Casa da Garceira

02Jul'2016: fui espreitar o passado.

Fazia algum tempo que não entrava na Casa da Garceira.

[a casa que meus avós maternos reservaram para a sua velhice e que em criança visitava amiúde; também a primeira casa de meus pais logo após o casamento. Em partilhas, foi adquirida por um dos filhos, o meu tio António, e agora é pertença de um dos filhos dele, o Fernando].

Avistava-a apenas en passant quando esporadicamente por ali transitava. O meu imaginário era pois preenchido por vivas memórias de anos atrás e que, parecendo terem vida própria, foram resistindo à erosão natural dos dias, não deixando de reivindicar seu estatuto privilegiado de primeiras.

A reentrada foi suave, como se tivesse chegado ao destino de uma longa viagem, investigando cada canto com serena minúcia.
Passado algum tempo, depois de ter inspirado “aquele ar” revigorante que apazigua e remoça o caminhante, assentei sem delongas que tudo estava no mesmo lugar e tudo igual ao que sempre fora (ou não quis ou não fui capaz de captar os novos aromas):
A porta para os quartos lá estava: igual;
A porta para a sala de entrada onde era recebido o ‘compasso’, lá estava também: igual;
A janela para ver quem passa na estrada: no mesmo sítio.
Não vi mais compartimentos mas, era este espaço, verdadeiramente - a cozinha -, que mais me interessava.

Não houve, pois, sobressaltos.
Senti-me bem ali sentado num banco corrido (não existem mais os preguiceiros), frente à velha lareira, agora sem a negritude da fuligem pulverulenta a realçar a parede, desfolhando conversa solta com os familiares presentes numa imitação quase perfeita d’outros tempos.
O acolhimento sem reservas, o à-vontade, o sem-cerimónia, a simplicidade com alma e o saudável ambiente vivido e sentido entre aqueles primos, primas e tia, facilitaram não só a integração no seu seio - tornando-me rapidamente em mais um deles -, como foi facilitada também a observação e preservação sem danos desse passado que gosto de conservar intocado.

E que agradável que foi!
As portas e os corações franquearam-se sem receios, numa confiança recíproca sem limites que, então aumentada, dura até hoje.
Outros tempos foram recuperados dos escaninhos de cada um numa conversa morna e prazenteira embalada por um ritmo calmo como recomendava aquele dia deste crepitante verão.
Para outra altura, com mais tempo, pedirei para ver mais, incluindo os campos, o açude, a eira e o alpendre. Estou certo que me será dada permissão para tornar mais abundante a colheita de saborosas recordações.
Nesse dia soube bem espreitar algum passado comum com estas pessoas boas, honestas e sinceras, sem filtros ou presunções a tolher a relação.
Fiquei ainda com mais estima por esta família por assim serem e por darem viva mostra do genuíno ADN da FdQ que, visivelmente, carrega.

Optei por não tirar fotos para não aprisionar o momento e a circunstância; prefiro, outro sim, dar mais espaço à imaginação para que voe sem freios, mais livre e agora mais fértil com esta atualização.

“Tudo está no seu lugar, graças a deus, graças a deus” (Benito di Paula).  

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Encontro FdQ - 15AGO'2016, Final (Postado no fb)

15AGO’2016
Encontro da Família da Quelha
Mondim de Basto

Logo a partir do momento em que se começou a desenhar a possibilidade deste nosso Encontro e se percebeu que até poderia “agarrar” bastante gente, não nego que alguma ansiedade, entusiasmo e muita alegria começou a rondar-me a porta. A simples oportunidade de ver ou rever um número significativo de elementos da FdQ e juntá-los num mesmo espaço, foi altamente encorajadora.
Juntar a 2ª geração, a minha, acreditava ser mais fácil; mas quanto à 3ª e 4ª, a coisa não me parecia tão óbvia. Rever uns, ver e conhecer outros - com alguns dos quais mantenho diálogos no fb onde “nos conhecemos” - era ocasião que aguardava com grande interesse.

E finalmente aconteceu: revemo-nos e conhecemo-nos.

Uma nota curiosa e não menos interessante: as novas gerações chegaram, algumas sem a companhia dos seus progenitores - em particular as da Família da tia Maria (16) - e integraram-se com uma simplicidade e naturalidade como se coabitássemos desde sempre. Traziam já o “chip” da FdQ, como agora se diz, que os nossos primos e seus pais já lhes haviam inculcado.
Registei o facto com duplo agrado.

Registei mais este pormenor delicioso com 7/8 jovens (alguns bem pequenos ainda) da Família da tia Amélia.
Logo pela manhã, aparecidos do nada (assim pareceu) saltitando alegres nos seus passos descontraídos de jovens, de gargalhadas cristalinas e franqueza natural das idades, foram interrompidos no seu caminhar:
- Alto aí, quem são vocês?, brinquei. Vamos à revista.
Não digam, deixem-me adivinhar.
Alinhados em meia-lua, muito sorridentes e bem-dispostos, nada incomodados pela abordagem do “estranho” aguardavam:
- Tu, filha da Cândida.
Seguiu-se um sorriso cúmplice.
- Tu e tu, filhos do Paulo.
Sorriso comprometedor.
- Tu, tu e tu, do Fernando.
Fácil. Sorriso mais contido…
- Vocês (tão parecidas com a mãe), do Carlos.
Sorriso lindo de crianças.
- Podem seguir, continuei a brincar.
Alegres como apareceram mais alegres continuaram para a piscina, retomando suas conversas, talvez agora baralhadas pela do “intruso”.
Foi um belo encontro.

A adesão foi surpreendentemente elevada e multi-geracional e deu ao Encontro um sentimento de conjunto e unidade da FdQ, correspondendo ao espírito cultivado no nosso Grupo.

Foi um encontro calmo e aprazível pois o que nos reúne não justifica especiais exuberâncias.
Não são precisos foguetes para sabermos que estamos em festa.

E respirou-se FdQ.

Foi uma magnífica oportunidade para encontros e reencontros de familiares que se estimam e querem bem, mas que o tempo e o fluir da vida distanciou e que a saudade e vontade juntou.

Oportunidade para novas emoções se manifestarem, desta vez libertas de outras mais tristes, dando azo a salutares espontaneidades, atualizações sempre oportunas, cruzamento e partilhas de vidas que hiatos de tempo - n'alguns casos significativos - justificaram.

O espírito dos Encontros de outrora foi retomado, agora incorporado e mais enriquecido por mais gerações. A presença da primeira e da quarta e a diferença de 90 anos entre elas, deu aos presentes um espírito de grupo alargado, consolidado e de continuidade que contribuiu e contribuirá para armonia pessoal e do Grupo.

Fizemos uma bonita árvore genealógica ao vivo e a cores (quase) perfeita da FdQ.

A presença e envolvência simpática, comprometida e descomplexada das novas geraçoes - a 3ª das quais já está em força a tomar conta do futuro - emprestou ao encontro mais jovialidade e colorido e neutralizou nos mais velhos nostalgias excessivas.

Estou particularmente contente por conhecer e rever (finalmente) pessoas que muito apreciava e estimava através do fb, mas que tardava o encontro 'face to face'; e, acrescento com gosto, que o apreço e a estima redobraram. Continuaremos, com certeza, a falar com mais entusiasmo ainda.

Agradecimentos e parabéns:
À Filipa, pelo trabalho dedicado à elaboração e confecção das lembranças (graciosamente);
Ao Inácio que, de coração aberto e entrega incondicional e empenhada, tratou das partes mais laboriosas e complicadas e sem o qual o evento não seria o mesmo, quiça irrealizável;
A todos que contribuíram com a sua opinião construtiva;
A todos nós por termos podido apreciar e absorver a “alma da FdQ”;
E finalmente, ao Zé (do tio Inácio) pelo generoso gesto final.

Para o ano?
Percecionaremos ao longo do ano se os níveis de entusiasmo agora manifestados se mantêm.
Se sim, porque não?

Em nome da Filipa, do Inácio, do Rui (sem ter falado com eles mas admitindo que me acompanhem) e do meu próprio, dizer-vos que nos sentimos perfeitamente ressarcidos dos cuidados que dedicamos ao evento com o retorno obtido com a vossa honrosa presença.

Post Scriptum_01
Respiguei do livro de dedicatórias estes dois parágrafos, e peço autorização às suas autoras para o seu uso, por me parecerem relevantes e concentrarem ideias a reter:

“Nós podemos não ter tudo junto, mas juntos temos tudo” - Filipa Félix.

“Como galhos de uma árvore, todos crescemos em direções diferentes, mas a nossa raiz continua a ser a mesma” - Xana Carvalho

Post Scriptum_02 e nota:
Pedir à Laurence Carvalho que faça chegar ao seu pai, José Carvalho, o Patriarca dos primos, este texto na íntegra.

Abrçs e Bjs para todos(as).
Continuaremos a ver-nos por aqui…
(estou a trabalhar as fotos para publicação aqui)


sábado, 30 de julho de 2016

Encontro Tropa - C.CAÇ 4640

XIX Encontro C.CAÇ 4640
Lourinhã
30JUL’2016

Foi mais um (re)Encontro agradável e calmo, igual a outros, afinal, porque o que nos reúne não justifica exuberâncias. Não são precisos foguetes para sabermos que estamos em festa.
Encontro de amigos que se sabem unidos numa amizade inquebrável e que já conta com 44 anos de tamanho (1972/2016). Amizade forjada em dificuldades, alegrias e outras vivências comuns que fomos capazes de experimentar e superar, apesar da tenra idade de então.
Quem diria, quem garantiria, que 150 jovens fossem suficientemente homens para suportar aquelas condições tão inóspitas e tão adversas?

Mas fomos (e somos) valentes.

Amigos que se ‘vêem’ amiúde à distância (é raro o dia em que não nos ‘visitamos’) mas com um abraço saudoso à chegada que faz ranger os ossos.
O apertar dos ossos apenas testa o estado de saúde atual e ficamos a saber que estão rijos e não rangem assim tanto.
Um simples ‘olá’ e um abraço foram o bastante para reatar o diálogo - nunca interrompido, aliás -, como que na continuação do de ontem.

Os anos, entretanto passados, são rapidamente obliterados das nossas vidas e a jovialidade, a expressão e o entusiasmo dos nossos 20 anos, reaparecem como que num passe de mágica. E que magias poderosos são essas que reascendem com tanta facilidade memórias antigas que o tempo teima em substituir!?
Sem sucesso, todavia, pois as recordações são suficientemente fortes para que lhes resistam, contrariando assim a erosão natural de que se fala.

É certo que n’alguns de nós já vão aparecendo alguns ‘cabelos pretos’;
outros até se esqueceram de os trazer;
uns tantos trouxeram os quilos todos com que as generosas e amigas esposas lhes foram robustecendo os corpos anafados;
outros exibem os excessos de grandes tainadas em orgulhosas barrigas que, descansando sobre o cinto, aguardam nova oportunidade;
outros, para não ouvir tantas histórias repetidas, escondem astuciosamente tampões nos ouvidos;
outros já confiam mais em pernas alheias que nas próprias;
outros, como as mós de moinhos já gastas, substituíram as próprias para melhor triturar futuras grandes comezainas;
quase todos, como que numa divertida competição, desfilam o rol de ‘benefícios’ com que foram bafejados por ‘saudáveis’ maleitas, trazendo sempre à mão os aconselhados suplementos alimentares, acompanhados de conhecedoras explicações científicas, bem fundamentadas e adequadas ao caso...

Um regalo de ver tanta ‘harmonia’ no grupo.

Àparte a brincadeira, todos - e isso é que é importante -, alegres e bem dispostos, bem resolvidos com a vida e com claras intenções de manter este estado de coisas por ainda muitos e bons anos.
Oxalá.

Aqui fica um abraço em aberto para o próxima Encontro.

Uma nota adicional e especial para cumprimentar todos os acompanhantes - familiares e outros - e dizer-lhes que são sempre muito Bem-Vindos e são parte importante deste Grupo. Com eles, estes Encontros são ainda mais interessantes ao acrescentarem alegres distrações a algumas nostalgias excessivas.

António Magalhães

domingo, 12 de junho de 2016

Brexit x Br.in, should'nt be the question.


Brexit, uma fenda na UE
Com a possibilidade da saída da GB da UE, uma espiral de incertezas e generalizadas preocupações pairam (e atormentam) em muitas cabeças europeias e mundiais e, pelo menos, em metade da sua população, a acreditar nas últimas sondagens conhecidas.
O próximo dia 23 de Junho, que se aproxima a passos largos, ditará o futuro nebuloso sem que de momento haja alguém que seja capaz de lhe definir os contornos, deixando, por conseguinte, perplexidades no ar. Futuro é futuro, isto é, incerto como sempre e levará algum tempo até que a poeira assente e alguma clarificação se perceba, seja quem for o ganhador: o Br.exit ou o Br.in.

 
Pelo que a grande imprensa veicula
[a que personalidades do mundo da finança i) dão voz (Soros, Schauble e Trichet...); do mundo empresarial ii) (Marks & Spencer, EasyJet, Shell ou Vodafone / os Supermercados Tesco e Sainsbury’s querem sair); da área política iii) há defensores para os dois lados, sendo o mais curioso o da primeira-ministra escocesa que diz sim, mas... deixando um sinal sonoro e avisado para a eventualidade de um novo referendo para uma saída da Escócia da GB caso o ‘Br.exit’ ganhe; do sector académico iv) treze prémios Nobel juntaram suas credenciais e vieram a público alertar para o forte enfraquecimento da ciência],
o Br.exit terá consequências devastadoras para muita gente, a começar para os próprios ingleses, seguidos dos europeus e fica a dúvida se também para o resto do mundo, incluindo para os 53 países membros da Commonwealth. Barack Obama num raid mediático eficaz à City, juntou sua voz ao coro dos defensores do Br.in, acrescentando com uma clareza cristalina que ecoou nos quatro cantos do mundo: privilegiaremos relações com um mercado de 500 Milhões de consumidores; vocês, os Br.exit, ficarão no fim da fila.
Nem a consabida e privilegiada relação amiga entre ambos foi respeitada: ‘ou permanecem na UE ou vão para o fim da fila’, dixit Obama.

 

Caso vença o Br.exit, parece óbvio que as relações entre a GB e o resto do mundo serão substancialmente alteradas, desconhecendo-se-lhes apenas os detalhes a que apenas o tempo ajudará a definir.
Continuarão com uma relação privilegiada, como sempre, com a Commonwealth, (e veremos se também aí não haverá evolução) mas parece-me manifestamente pouco para assegurar a supremacia tradicional da GB, que tanto querem manter e melhorar. Oportuno lembrar que a Austrália já fez saber que à morte de Isabel II admite abandonar a quase secular (1926) chefia de estado de Isabel II. Quantos outros o farão enfraquecendo assim as sinergias da Commonwealth?

 

Os Br.exit acreditam que ‘desamarrados’ das regras de funcionamento da UE terão mais flexibilidades negociais com outros blocos económicos como a China, Índia, a própria América…
Será?
Será que estes potenciais negociadores não vão alinhar pelo raciocínio prático americano preferindo, como eles, relacionar-se com um bloco maior, o da UE?

Será que os Br.exit apostam numa estratégia de maior alcance: na dissolução da UE, eliminando o próprio bloco negocial europeu, regressando à velha ordem de dividir para reinar?

O que os motiva então em sair da UE!?

A possível vontade do desmembramento da UE é a hipótese que mais preocupa, porque possível e até algo previsível a médio prazo por outros países animados por ocos raciocínios.

 

Francamente não entendo nem os acompanho - de todo - nessa estratégia suicida quer seja da simples saída quer, por maioria de razão, pela vontade estratégica e escondida da dissolução da UE. É um passo louco de mais para ser dado tão abruptamente para os próprios e para a rede de interesses estabelecidas e com as quais o mundo está articulado e a funcionar.
 

As reivindicações recentes da GB junto da UE foram bem-sucedidas e tiveram ganhos assinaláveis, mau grado as perdas do lado da UE que as acolheram.
 

Pode entender-se que os estudos até agora publicados são oriundos dos defensores do Br.in, mas todos eles apontam para perdas, para a própria GB, na ordem dos 100 Mil Milhões de GBP…
 

O isolamento para onde caminham não augura otimismo para ninguém.
 

Todo o mundo reconhece importância à GB no seu próprio contexto, no contexto europeu e mundial  logo a partir da revolução industrial de 1760, para não ir mais para trás; todo o mundo se vergou à sua intervenção empenhada e decisiva nas duas guerras e tem havido para com a GB uma equidistância distinta, digna e justa.
Fazer parte do clube europeu e ser um interlocutor de peso, respeitável e respeitado, deveria ser, por si só, um argumento forte e decisivo de permanência.
Em caso de discordância, mais vale tentar alterar a EU por dentro, estando lá, do que dela sair enfraquecendo todos.
A Europa, eles próprios e o mundo muito ficariam a ganhar com uma Europa unida e fortalecida com a inclusão de um país com o peso da GB; inclusive no EuroGrupo.
O seu contra-preso, a funcionar como estabilizador numa Europa dominada pela Alemanha, é útil e é garantia de uma Europa mais forte e estável.
Quero acreditar que a vontade de manter uma Europa forte e unida se manterá e que os representantes e responsáveis pela manutenção da UE farão os impossíveis para que o já assumido desígnio da UE ganhe ainda mais vitalidade com este ‘incidente’ e continue seu caminho seguro apesar destes percalços.