quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Trump: 45º Presidente da América (e do mundo)

Ainda estou atónito e a digerir com esforço a vitória eleitoral de Trump. Admitia tal hipótese mas acreditava que Hilary ganhasse embora escassamente. Acompanhei com especial atenção todo o processo e a súmula de tudo o que a grande imprensa traduzia apontava para Hillary.

As primeiras notícias do dia, além de “chocantes” resultaram num misto de incredulidade e preocupação.
Governos, Instituições, políticos, politólogos e comentadores habituais estão cautelosos e a temporizar reações, tentando influenciar com acerto o futuro.

E que futuro nos aguarda? Será o presidente Trump igual ao candidato Trump?

Habituamo-nos ao longo dos últimos muitos anos a ter um presidente americano, uns mais que outros, mas no geral todos numa certa linha de continuidade. Ora, agora com Trump, aconteceu uma revolução autorizada; por dentro do sistema. Legal.

Muitas questões pairarão nas cabeças de muita gente e nos vários sistemas em que assenta o funcionamento mundial. Todos estarão neste momento a refazerem-se do choque mas também a prepararem-se ou a ajustarem-se desde já para as mudanças que aí virão.
Serão muitas, serão poucas? Ainda é cedo para vislumbrar as decisões que Trump efectivamente tomará quer a nível interno quer, principalmente, externo.

Quero acreditar numa ideia escrita no livro ‘Porque Falham as Nações’. Lá se diz (cito de cor) que "a democracia americana é tão forte, com tantos contrapoderes, que resistirá com qualquer presidente".

Espero eu a tempo de evitar decisões avulsas e tendo sempre o bem estar da humanidade como primeiro grande critério.

Um pouco, aliás, do que está a acontecer na GB. O governo, para além das naturais indecisões para saber ao certo que rumo tomar, tem de contar também com o exercício legal do poder de outras Instituições. Tribunais, p. ex.

O inesperado Brexit e agora também o inesperado Trump, para além de desacreditarem a imprensa dominante, vêm reforçar os movimentos populistas existentes na Europa (França, Itália, Alemanha, Espanha...) e estimular a criação de outros.
O problema é que o populismo é um parente chegado do totalitarismo ou anarquismo.

P.S.
“As elites, os media e as empresas de sondagens estão mais próximos do establishment (ou das suas fontes) do que dos seus leitores. O “New York Times”, assim como a esmagadora maioria dos jornais, não entendeu o que se estava a passar na América. E o único caminho é fazer um mea culpa”
Miguel Cadete, Dir. Adj., Expresso.

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