sábado, 27 de julho de 2019

Parabéns, Meu Pequenote.


8 Anos! 
Parabéns Simão, meu Pequeno-Príncipe, meu neto lindo e dono de uma boa parte do meu coração. Tens lá, imagino que já saibas, um lugar cativo nas poltronas da frente. Ou preferes ficar esparramado como em casa? Ok, seja.

8 Anos não é nada, mas é tanto…
Ficaste grande muito depressa, meu pequenote!, mas estou a gostar e muito de te ver crescer e crescer contigo, embora no meu caso crescer… bem, deixa isso para lá.
É verdade: remoço contigo todos os dias e, quantas vezes, até amenino; mas observo, com um misto de alegria e contrariedade, que cada dia menos pois tu estás a fugir-me a olhos vistos. É que uma parte de mim quer que cresças e outra nem por isso.
Vá lá entender-se os grandes, não é!?

E como gosto de te ver assim alegre mesmo que a fugir-me!

Como gosto de te ver correr atrás da bola a disputá-la a todo o gás como o Cris! Ou será Dybala?
-Está a chover, Simão, põe este agasalho! - preocupo-me.
-Não, gosto de andar à chuva! - atalhas.
E como gosto de te ver todo molhado e sujo de lama, correndo indiferente, sem medos, contra as bátegas perseguindo a pinchona!

E como gosto de te ver arrancar, travar, deslizar nos patins, com todo o ringue e companheiros no radar, de olhos colados na bola já dominada, a avançar veloz como um raio e stickar forte e certeiro para o fundo da pequena baliza!... e ver a rede impotente a desmaiar!
E com que regozijo contagiante colhes os louros dos golos a todo o campo!
Aquele teu rodopiar triunfante, braços abertos, olhar suspenso na felicidade, o beijo repenicado no stick apontando às estrelas… está demais! Hilariante e contagiante.
Sabes que nas bancadas todos sorriem ao ver-te festejar assim e vibram contigo?
‘Bravo, Simão’! - ouve-se em coro.
Claro que sabes.

-Sai, não quero ajudas. - reclamas.
E como gosto de te ver a querer caminhar sozinho!

E como gosto de te ver sair da porta da escola com o kimono todo aberto, ponta abaixo ponta acima, transpirado, a escorrer água, exausto, fralda de fora, mochila e casaco a varrer o chão, quase descalço… a atirar tudo em voo para mim, abraçando-me sorridente e cansado mas ainda com (muita) força para um directo que, aliás, encaixo sem te dar hipóteses!
E logo: vamos? Vamos p’ró hokey? - reanimas-te!
E logo, logo: trouxeste o  lanche d’Avó?
E no caminho contas-me tuas histórias, as piadas novas, as peripécias do dia e de outros dias, os cromos trocados, os golos conseguidos no recreio ou mais um check-mate obtido numa jogada de mestre!

Como gosto de te ver assim!

-Hoje chorei na escola e nem sei bem porquê! - deixas sair.
E como gosto da tua espontaneidade!

-Eduardo, esta é a minha avó… que funciona muito bem.
E como gosto do teu humor desconcertante!

-Põe na TSF.
-tchiu. - pedes para ouvir o relato de futebol.
Ah!, prometo que da próxima vez que me levares ao Dragão não abrirei o bico.

E como gosto que tu gostes!

-Fazes-me uma massagem nos pés, Avô? - pedes. -Não sou massagista, Simão, mas posso tentar. - e faço.

E como gosto de ouvir-te cantar relaxado, no volume máximo, pela casa toda!… mas parece que tens faltado às aulas de canto!

Diz-se por aí que há avôs exagerados...
Será o meu caso?
Mas também quem não o seria tendo por perto um gaijo como tu?

Parabéns, meu lindo.
Sei que vai ser um grande dia e que o vais viver por inteiro com aquela garra e entrega total que te conheço.
Pois que assim seja.
Estarei por perto se não mesmo perto.

Abraço grande, meu pequenote, daqueles que dão a volta completa, enlaçam, apertam e fazem tremer a alma e o coração, como tão bem sabes dar,

8 Anos
27/07/2019
Parabéns, Simão, meu neto lindo.

Teu Avô - ‘El Inchadito’ - que te adora.






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