sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A HISTÓRIA DO MUNDO Para Gente com Pressa, By Emma Marriott


A HISTÓRIA DO MUNDO
Para Gente com Pressa
By Emma Marriott

‘Para Gente com Pressa’ significa que a autora concatenou 7.000 anos de história da humanidade em 200 páginas.
O título é curioso e surpreendente mas corresponde ao conteúdo.

A pretensão foi a de fornecer ao leitor desta forma sincopada - lembrando as letras gordas de uma enciclopédia - a informação mais destacável sobre o andamento das sociedades, justamente para pessoas que não tenham tempo ou não queiram aprofundar os quês e os porquês do encadeamento da história.

Serve-nos, assim, a frio e cronologicamente, os períodos em que os impérios e até as civilizações com algum peso dominaram regiões e influenciaram os destinos do mundo.

Começou com os Sumérios (5.000 a. C.), Mesopotâmia, passando pelo antigo Egito, Faraós e Babilónia e terminou no século XX logo a seguir à II Guerra Mundial com a formação da Commonwealth.

Conseguiu?
Nessa perspectiva, sim, o relato é (suponho) completo. Nada tenho a acrescentar, também, quanto aos critérios de seleção por me parecerem homogêneos, globais e imparciais.
Em alternativa aos mapas apresentados, até me lembrei de uma outra sugestão:
a de afixar sobre o Mapa-múndi linhas nas regiões em apreço, iniciando-as e acabando-as com as datas referidas.

Quando a matéria escolar me ‘obrigou’ a estudar história e principalmente o período do antigo Egito, Faraós e Babilónia, não tinha ainda alicerces que me entusiasmassem a sua atenta leitura. À parte a época Faraónica, que vinha embrulhada em ‘poder’, resplandecências e glamour - suportada em filmes temáticos muito passados nessa altura -, o resto da aprendizagem resumia-se ao estritamente necessário.
E como o livro escolar era ‘grande’ optava pelos resumos; não ‘sebentas’ (mas também), mas por livros-resumo comercializados pelas livrarias, aceites pelos professores e não proibidos, portanto.

Vem este detalhe infanto-juvenil a propósito deste ‘livro-resumo’ que ainda resume mais, muito mais a história da humanidade. Demasiado, digo eu.

E aqui entra a minha observação crítica: o livro peca por defeito ao não explicar - ainda que mais um pouco - o início e o fim do caminhar das sociedades.

Quem lê Tim Marshall no livro ‘Prisioneiros da Geografia’ que nos fala da ação ou inação dos países em resultado do condicionamento geográfico (os Himalaias sempre asseguraram a paz entre a China e a Índia ou a obsessão de Putin pela Crimeia, por ex.), fica melhor documentado para perceber o comportamento ativo ou inativo de alguns países.

Quem lê ‘Porque Falham as Nações’ - Impérios e Civilizações -, fica a saber, de forma abrangente e fundamentada, das razões porque umas tiveram sucesso ou porque sucumbiram.

Percebendo-se as causas das coisas adquirimos uma linha de rumo mais valorizável e mais segura, o que não quer dizer obrigatória ou completamente certa ...

E isto tudo também vem a propósito das ações ou inações que o nosso mundo - hoje - reclama.

Estou a pensar na Coreia do Norte, sim, mas também no Trump, na Venezuela, no Brexit e em tanto outros...

Estou a pensar, sim, nos furacões Irma, José e Katia e no terramoto de hoje no México (8.2).
O mundo está a ficar demasiado ‘quente’, digo eu.

 

PS
Em 09SET2017, o Egito, através do seu Ministro das Antiguidades, apoiado no trabalho aturado dos Egiptólogos, anunciou a descoberta de mais um túmulo que remonta ao século 3.500 (a. C.),
... a história do mundo vai continuar em aberto.

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