sábado, 30 de setembro de 2017

Parabéns, Ritinha.


Olá, Ritinha - minha neta de coração -,Parabéns pelos teus 9.
Sei que vai ser um dia muito agitado, muito cheio, divertido e feliz e quero que o aproveites bem.
Se precisares de mim, diz. Chamando-me eu ouço-te.
Sei também que a festa continuará amanhã, domingo, e estarei contigo para fazer parte da tua alegria.

É um bonito dia porque vais estar com os teus amiguinhos de sempre e tu, no meio deles, vais ouvi-los a cantar-te os parabéns.
Hoje és tu a Princesa do grupo. Diverte-te muito com todos eles.
E mais logo, já em casa, vamos continuar a festa com os papás, o mano e os avós.
Dessa tua inesgotável energia, sei que ainda vai sobrar muita para nós.

Sabes que estás a ficar cada dia mais menina e cada vez mais bonita. Ver-te crescer tem sido muito bom para mim; até parece que cresço contigo.

Sei que começaste a ler a sério; que em menos de 15 dias, nas férias, leste 12 livros… e que continuas em bom ritmo. E esse gosto pela leitura deixa-me particularmente contente, porque sei que é uma janela enorme por onde entra o mundo em tua casa.
Sabes que teus papás e avós sempre foram ‘amigos dos livros’; sempre os consideraram bons companheiros e os tiveram (e têm) por perto.

Aqui só entre nós, vou contar-te um segredo que acho que resulta (comigo não falha): mantém sempre um livro à cabeceira da cama e lê uma ou duas páginas todas as noites: verás que viajarás cada noite num sítio diferente! Não é bom?

E agora vamos abrir o bolo que se faz tarde.

Teu avô que te adora.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A HISTÓRIA DO MUNDO Para Gente com Pressa, By Emma Marriott


A HISTÓRIA DO MUNDO
Para Gente com Pressa
By Emma Marriott

‘Para Gente com Pressa’ significa que a autora concatenou 7.000 anos de história da humanidade em 200 páginas.
O título é curioso e surpreendente mas corresponde ao conteúdo.

A pretensão foi a de fornecer ao leitor desta forma sincopada - lembrando as letras gordas de uma enciclopédia - a informação mais destacável sobre o andamento das sociedades, justamente para pessoas que não tenham tempo ou não queiram aprofundar os quês e os porquês do encadeamento da história.

Serve-nos, assim, a frio e cronologicamente, os períodos em que os impérios e até as civilizações com algum peso dominaram regiões e influenciaram os destinos do mundo.

Começou com os Sumérios (5.000 a. C.), Mesopotâmia, passando pelo antigo Egito, Faraós e Babilónia e terminou no século XX logo a seguir à II Guerra Mundial com a formação da Commonwealth.

Conseguiu?
Nessa perspectiva, sim, o relato é (suponho) completo. Nada tenho a acrescentar, também, quanto aos critérios de seleção por me parecerem homogêneos, globais e imparciais.
Em alternativa aos mapas apresentados, até me lembrei de uma outra sugestão:
a de afixar sobre o Mapa-múndi linhas nas regiões em apreço, iniciando-as e acabando-as com as datas referidas.

Quando a matéria escolar me ‘obrigou’ a estudar história e principalmente o período do antigo Egito, Faraós e Babilónia, não tinha ainda alicerces que me entusiasmassem a sua atenta leitura. À parte a época Faraónica, que vinha embrulhada em ‘poder’, resplandecências e glamour - suportada em filmes temáticos muito passados nessa altura -, o resto da aprendizagem resumia-se ao estritamente necessário.
E como o livro escolar era ‘grande’ optava pelos resumos; não ‘sebentas’ (mas também), mas por livros-resumo comercializados pelas livrarias, aceites pelos professores e não proibidos, portanto.

Vem este detalhe infanto-juvenil a propósito deste ‘livro-resumo’ que ainda resume mais, muito mais a história da humanidade. Demasiado, digo eu.

E aqui entra a minha observação crítica: o livro peca por defeito ao não explicar - ainda que mais um pouco - o início e o fim do caminhar das sociedades.

Quem lê Tim Marshall no livro ‘Prisioneiros da Geografia’ que nos fala da ação ou inação dos países em resultado do condicionamento geográfico (os Himalaias sempre asseguraram a paz entre a China e a Índia ou a obsessão de Putin pela Crimeia, por ex.), fica melhor documentado para perceber o comportamento ativo ou inativo de alguns países.

Quem lê ‘Porque Falham as Nações’ - Impérios e Civilizações -, fica a saber, de forma abrangente e fundamentada, das razões porque umas tiveram sucesso ou porque sucumbiram.

Percebendo-se as causas das coisas adquirimos uma linha de rumo mais valorizável e mais segura, o que não quer dizer obrigatória ou completamente certa ...

E isto tudo também vem a propósito das ações ou inações que o nosso mundo - hoje - reclama.

Estou a pensar na Coreia do Norte, sim, mas também no Trump, na Venezuela, no Brexit e em tanto outros...

Estou a pensar, sim, nos furacões Irma, José e Katia e no terramoto de hoje no México (8.2).
O mundo está a ficar demasiado ‘quente’, digo eu.

 

PS
Em 09SET2017, o Egito, através do seu Ministro das Antiguidades, apoiado no trabalho aturado dos Egiptólogos, anunciou a descoberta de mais um túmulo que remonta ao século 3.500 (a. C.),
... a história do mundo vai continuar em aberto.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Post na Página da C.CAÇ 4640

Foram-me pedidas ‘dicas’ para uma publicação sobre o nosso último Encontro em Vendas Novas, a que acedi de pronto e com gosto, vindo principalmente de quem veio.
Não imaginava que o texto era limitado a 10 linhas e, dando liberdade ao meu apetite, fui por aí fora…
Depois de o saber, fiz um concatenate tentando manter o essencial.
Achei por bem, todavia, levar até todos os C.CAÇ 4640 o original.
Aqui fica, com o abraço do costume: forte.


***

XX (re)Encontro da C.CAÇ 4640-Angola
Almoço Convívio
22JUL’2017
1972/1974/2017
Faz 45 anos neste Outubro próximo que um grupo de jovens, então recém-barbados, iniciavam uma história comum.

Atirados para a frente da ‘besta’ da noite para o dia, da noite para o dia se fizeram homens e, com o receio natural que acompanha os bravos, enfrentaram-na como melhor sabiam.

Nas singularidades do teatro de guerra, convivendo com elas, apesar delas ou por causa delas, suas vidas enriqueceram-se: mais Homens se fizeram.

Forjaram aí relações de amizades duradoiras que o tempo se encarregou de confirmar.

A sua história, de que se honram, é repegada anualmente e anualmente é recontada e acrescentada de novos episódios.

O desejo de reatar o fio da meada deixada em suspenso no Encontro de 2016, aliado ao de verem em cada um ‘a eterna juventude’, juntou-os, mais uma vez, em Vendas Novas.

E foi um belo (re)Encontro.

Estão diferentes? Estão. Mas também estão iguais. 
Depois do abraço inicial, os seus 20 anos, como por magia, reapareceram e as naturais alterações fisiológicas tornaram-se imperceptíveis.

E conversaram…
E riram…
E brincaram…
E galhofaram...
E contaram histórias antigas e novas…
E interessaram-se pelo dia-a-dia de cada um…
E quiseram saber das famílias…
E como ia a saúde...
E comeram e beberam…

Mostraram estar aí, animados, e a reivindicar do futuro o que de melhor ele lá tenha, recuperando a velha máxima militar de que a ‘velhice’ é um posto, com direitos próprios e merecidos.

O abraço final fez ranger alguns ossos mas aguentaram-se rijos como noutros tempos. 

Nota_01 
Como sempre, lembraram seus camaradas e amigos africanos que por lá continuaram e para eles deixaram a habitual saudade. 
§ - Lamentaram que muitos deles, senão todos, tenham continuado no serviço militar, embora por outras causas. 

Nota_02
Uma nota de apreço para os/as ‘acompanhantes’ que pacientemente abdicaram de si próprios para lhes dar todo o tempo de antena. 

Nota_03
Uma lembrança para os que já partiram. 

Nota_04
Melhor que este ou qualquer outro apontamento, António Lobo Antunes - que por lá andou nos mesmos lugares e tempo -, descreve com precisão superior em ‘Cartas de Guerra’ o ambiente que por lá viveram.

domingo, 3 de setembro de 2017

“Bom Fim de Semana”: 2/3SET’2017

Registo com particular agrado e satisfação este fim de semana pela dimensão e impacto que os eventos em agenda ocorridos na região provocaram nas pessoas em geral e em mim também, claro.
Tiveram o seu epicentro no Grande Porto, nomeadamente Matosinhos, Porto e Gaia, e foram dominados por uma sã convivialidade social em que me integrei e de que fiz parte com gosto:

  • Campeonato do Mundo de 49er e 49erFX;
  • RedBull AirRace.

A primeira, observei-a, ora chapinhando no bate-ondas, ora bem lá do cimo do edifício do Terminal de Cruzeiros, com um overview panorâmico deslumbrante sobre Leça/Matosinhos/Porto/Foz e Mar… ‘tanto mar…’ (o horizonte, no sábado, esteve inalcançável, tal era a profundidade de campo, melhor dizendo, de mar).

A segunda, ainda a partir do cimo do Terminal de Cruzeiros, com vistas para a pista/hangares do RedBull, ali no Queimódromo do Parque da Cidade e, principalmente, já no domingo, calcorreando, passo a passo, pelas marginais marítima e fluvial de casa até à Ribeira/Baixa e retorno de Bus.

Não me entusiasma especialmente o RedBull AirRace, embora goste de ver; realço, sim, outros espetáculos gerados a partir dele.

E o primeiro e o maior, seguramente, é a afluência massiva de gentes oriundas de muitas paragens (falava-se em 850 mil (?)), que a troco do que cada um saberá, deixaram o recato de suas casas para, em família, engrossarem uma multidão deambulante entre a Foz e a Ribeira e não só. Todos os caminhos confluíam para aqui.

Para fazer o quê?

Nada, pura e simplesmente para usufruir de pequenos prazeres como o de sentir-se bem entre iguais, ou para concluir que há outros vizinhos para além dos seus mais próximos que fazem parte de um todo maior. E que, juntos, tudo fica mais interessante.

Petiscando pelo caminho, alonguei o percurso por umas horas saboreando 10 bons quilómetros, o que deu mais que tempo para digerir calmamente e captar para a máquina a sucessão de diversidades ocasionais que esta massa humana e logística  adequada iam oferecendo.
Havia que prever e suprir as necessidades de tanto gente em movimento e, no essencial, aparentemente, a organização não falhou.

Pelas 16:30 estava no Cubo de onde vi a final e o looping da ponte D. Luís.

Em boa verdade, não vi Cubo nenhum!
Mais parecendo uma reedição da Noitada de S. João, as margens das ribeiras do Porto e Gaia estavam saturadas de veraneantes e, pela nesga que me coube, só se viam cabeças, máquinas fotográficas, um pouco de rio e telhados.
Mas não me importei com o default, gostei de ver, sim, a moldura humana que pacata e ordeiramente ‘curtia’ o momento e compunha o cenário.

Belo e raro cenário.

Nota de rodapé:
Infelizmente, em resultado do tempo que vivemos, o condicionamento do trânsito, a visibilidade policial - incluindo o C.I. - e as barreiras físicas estrategicamente entrepostas, lembram-nos - sem dramas - que temos de abdicar de algum conforto a que estávamos habituados a favor da segurança colectiva.
Repito, sem dramas.