domingo, 2 de março de 2014

'OS RETORNADOS', de Júlio Magalhães


Veio-me parar às mãos por oferta, ‘Os Retornados’, de Júlio Magalhães.
Confesso que tive de vencer algumas resistências para iniciar a sua leitura. Não pensava o livro, nem o autor, merecedor de créditos literários que me entusiasmassem a lê-lo. Contudo, para diversificar mais os temas que ultimamente tenho visto, peguei nele embora, repito, relutante.
As primeiras páginas confirmaram as minhas suspeitas e à medida que ia avançando tropeçava na fragilidade literária e mais à frente ainda no tom ‘lamechas’ com que o autor romanceia a questão; questão de resto muito cara a muita gente (talvez 500.000 pessoas) e ao país no seu todo: os Retornados.
Foi para todos um tempo particularmente complicado, amargurado, angustiado e sofrido, e digno por isso do maior respeito.
Fiquei com a ideia que a abordagem foi aligeirada, não sei se por incapacidade se deliberadamente para atingir um público-alvo de uma forma mais simples. Seja como for, não o faria nunca daquela maneira, em romance. 
Seria preferível que se deixasse falar a história através dos seus especialistas que, por norma, o fazem mais isentos de sentimentalismos, mais crus nos relatos e, assim, mais fiéis aos factos.
O tema embora recente - 1975 - não aporta para mim novidades. É um déjà vue do princípio ao fim.
Aproveitei para o revisitar, não encontrando mais-valias. Os factos lembrados correspondem bastante bem ao que aconteceu.  

Sem comentários:

Enviar um comentário