Já lá vai o tempo em que a dimensão territorial dos Impérios era a unidade de medida para se aquilatar da Grandeza de um Império. À medida que o Século XX foi avançando, os Impérios, nomeadamente os coloniais, foram caindo uns atrás dos outros. Vingara a corrente de opinião punitiva de que colonizar era um mal em si mesmo. Instalara-se nos media, nas sociedades e nos governantes a ideia de que era chegada a hora dos colonizadores deixarem/entregarem (entregas praticamente todas forçadas) as antigas possessões aos países de origem e retirarem-se de cena. Nos últimos anos do século o último deles sucumbiria: Portugal.
Não se quer com isto dizer que os países, todos eles, mas principalmente aqueles com mentalidade imperialista, tenham abandonado a ideia imperial. Foi abandonada a ideia colonial mas não a imperial. Esta travestiu-se com roupagem económico-financeira. A unidade de medida deixou de ser territorial e passou a ser económica. Porventura tão ou mais acintosa que a anterior. Esta nova postura faz lembrar o 'polvo' ou a rede-arrastão do pescador: chega longe e tudo apanha. Desta forma a economia dos maiores amarra os menores até à asfixia. Estende-se por todo o mundo.
Acresce a tudo isto uma outra e nova dimensão de fazer guerra: os drones.
Na guerra do Vietname morreram 58.000 soldados americanos; a pressão exercida pelos familiares dos militares falecidos e pela sociedade americana em geral sobre os governantes foi de tal maneira grande que tiveram de lhe por fim e bater em retirada sem proveito nem glória.
Com o advento dos drones (versão atualizada dos V1 de Hitler usados na segunda grande guerra) é eliminada aquela pressão social interna, ficando o campo aberto para a intervenção discricionária. Resta apenas o escrutínio internacional. Será que é ouvido? Se lhe juntarmos a dependência que os países pequenos têm dos grandes, a coisa fica mais difícil...
(Era suposto usarem drones na anunciada intervenção na guerra na Síria)
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