domingo, 15 de abril de 2012

A lição dos trabalhadores à economia

'A gente da troika anda parva com Portugal. Não percebe as nossas idiossincrasias. As negativas. Mas também as positivas. Incluindo esta: a flexibilidade que os trabalhadores das pequenas e médias empresas estão a revelar. E a capacidade destas para exportar. Salve! Assim se mereçam uns aos outros'
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"A outra idiossincrasia que está a funcionar bem é aquilo a que o governador do Banco de Portugal chamou na sexta-feira no Parlamento de flexibilidade tácita do mercado de trabalho. Muitas empresas exportadoras estão a ser mais competitivas por causa daquilo de que os trabalhadores abdicam. Ao contrário do que acontece nas grandes empresas e no Estado, há muitas PME que cuja competitividade está a ser financiada pelos trabalhadores, que interiorizam as dificuldades de sobrevivências das próprias empresas – e nivelam as suas condições à conjuntura. O caso mais radical são os salários em atraso: os trabalhadores preferem tentar preservar o seu posto de trabalho a recorrer a um tribunal e fazer valer os seus direitos. Este é o caso máximo de partilha de risco. E muitas empresas estão a safar-se à custa disso. Um exemplo claro: os trabalhadores dos Estaleiros de Viana do Castelo acabam de fechar um acordo em que trocam as férias de Agosto para poderem terminar a construção de asfalteiros para a Venezuela"
PSG, Jornal negócios, 15ABR'2012

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