Apanhamos com facilidade os fios da nossa meada no ponto em que os tínhamos deixado, e continuamos a enrolá-los na dobadoira que adquirimos em terras longínquas. Desfiamos, com o gosto de sempre, os fios do prazer dos encontros, da alegria conjunta, do riso síncrono, da gargalhada espontânea e contagiante.
Estar debaixo da mesma campânula, conversar solto, sem pressão de freios incómodos, produz efeitos distendidos, relaxantes, prazerosos. E estimulantes.
Entrar no dia-a-dia da vida das pessoas a quem se quer bem, completa-nos; fecha interrogações geradas nas ausências.
É bem gostoso sentir que, por um tempo, o relógio perdeu os ponteiros;
que o tempo, afinal, é elástico;
que o tempo, afinal, é intemporal;
que nele cabe, afinal, o que lá quisermos colocar.
À volta de uma simples sardinha, perante quem a invejosa lagosta prestou vassalagem e nem apareceu, - obrigado Jorge pela excelente pescaria -, coisas simples e agradáveis aconteceram: saboreamos, mais uma vez, o gosto de bem viver.
Fiquei saciado.
Utilizando uma expressão bem prosaica de satisfação (desculpem): “ainda ‘arroto’ a sardinha”.
Satisfazemos o palato e os insaciáveis estômagos;
deambulamos errantes pelas ruas ao ritmo lento da respiração (e de algum vento fresco!);
Sintonizamo-nos na pandemia;
Desconfinamos da hibernação mental em curso;
Arriscamos um abraço.
Já lhes disse que gosto de abraços?
E isto é pouco?
Não, não é: é (quase) tudo.
* obrigado, again, pela solidariedade e proximidade pessoal nestes últimos meses.
@Viet-Raquel
@Viet_Jorge
@Eduarda Silva
@Madalena (Viet)
@Viet-Grace
@Viet-Carla Rodrigues
@Viet-Carla Guedes
@Viet-Carla Silva
e
@a_Branca(Esposa)
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