Meus caros amig@s,
Venho aqui numa visita de contentamento, conforto e ânimo para vos dizer que está tudo a correr bem para a nossa sardinhada de 18.
E explico as razões do meu otimismo.
Aproveitando as tecnologias disponíveis, estou a monitorar o posicionamento das sardinhas a partir da minha cadeira privativa no Café TiTan.
Para o efeito instalei ali uma Estação de Recolha de Informação - RiE - (SiC, acrónimo em inglês) e, através de um drone, supervisiono tudo o que se passa no reino da sardinhada. Em resultado de tão aturado trabalho e recorrendo a um comando à distância de última geração (ainda não disponível no mercado), estou a encaminhar as melhores - leia-se também maiores e gordas - para o pesqueiro habitual, obrigando-as a uma passagem prévia pela malha tamanho XXL.
E anuncio-vos que a coisa está a correr bem.
Está a ser bastante promissor observar enormes cardumes a dirigirem-se para o local de captura, em competição acirrada pela primazia da chegada.
Está também a ser um bonito espetáculo vê-las quase todas de máscara - modelos nunca antes vistos (desenho de um anzol com minhoca a espernear… quem diria!?) - bem originais e bonitas, aliás.
Como era de esperar, há uma ou outra que, por retinência, mau feitio ou simplesmente por querer evidenciar sua frescura e prateada beleza, vem tresmalhada, de cabeça erguida, desmascarada e até, pasme-se, com um nadar ondulante e barbatanas empinadas: um pouco Pró...
Mesmo com essas, sou implacável: PARA TRÁS, - ordeno-lhes: neste jantar não entrareis.
(Ainda estou a pensar na máscara com anzol!)
Não reparei se assim maltratadas e rejeitadas, não terão ido buscar à pressa uma qualquer máscara e se clandestinamente se reintegraram no cardume numa tentativa de fazerem parte do nosso banquete. No próprio dia verificaremos se há alguma com um fácies mais esbranquiçado e, se tal acontecer, decidiremos então o seu destino… que pode muito bem ser o de ‘marcharem’ também.
Como facilmente deduzem estamos perante um cardume único mas que pudemos considerar domado e um pouco esperto.
(… anzol na máscara! Bolas!?)
Confiante nessa inesperada esperteza e equipando-as, apesar disso, com um chip em que coloquei as coordenadas da Nau Quinhentista estacionada no rio mesmo em frente ao nosso restaurante, estou certo que na madrugado do dia D se dirigirão para lá sem necessidade de interferência alheia.
É que, assim acontecendo, até evito os perigos do mar alto e ficarei pacatamente à espera delas enquanto me refresco com um drink de ocasião.
(… anzol na máscara! Não deixo de pensar na inusitada escolha)
Vai ser hilariante vê-las ainda na água a olhar para cima, para nós, a abrir e a fechar a boca como que a pedir para serem serem escolhidas para o repasto.
Perante esse difícil pedido só temos uma opção: OK.
Os pescadores da atualidade são muito diferentes dos de outros tempos!
Estão tod@s convidad@s para esta recepção.
(… anzol na máscara!!!, Oh My God!)
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