Um dia na vida da abelhinha-obreira
Tardava!, finalmente às 13:05 o besouro fez-se ouvir em toda a colmeia obedecendo às ordens superiores da abelha-rainha. As obreiras, que se agitavam impacientes aguardando o sinal de partida, arrumam apressadamente os seus pertences, enceram uma última vez as asas, distendem as longas antenas, miram as patitas se estão apresentáveis, guardam o espelhinho secreto que de viés lhes confirma a elegância da silhueta, se não esquecem a sacola para recolha de mais néctares lá mais à frente. Rodam, então, o botão para outro on, e, confiantes, em enxame compacto, desabelham do conforto da colmeia da manhã esvoaçando esbaforidas para a próxima tarefa, sim, porque a jornada ainda vai a meio.
Tardava!, finalmente às 13:05 o besouro fez-se ouvir em toda a colmeia obedecendo às ordens superiores da abelha-rainha. As obreiras, que se agitavam impacientes aguardando o sinal de partida, arrumam apressadamente os seus pertences, enceram uma última vez as asas, distendem as longas antenas, miram as patitas se estão apresentáveis, guardam o espelhinho secreto que de viés lhes confirma a elegância da silhueta, se não esquecem a sacola para recolha de mais néctares lá mais à frente. Rodam, então, o botão para outro on, e, confiantes, em enxame compacto, desabelham do conforto da colmeia da manhã esvoaçando esbaforidas para a próxima tarefa, sim, porque a jornada ainda vai a meio.
Cá fora o zangão perscruta por entre as demais um olhar meigo e doce saído de uns olhinhos límpidos tornados rapidamente brilhantes. Um smile cúmplice estabelece o contacto.
Satisfeitos com o reencontro, carrega o zangão, alegremente, a mochila com todos os pólens da colheita da manhã, enquanto conversa com a abelhinha-obreira sobre os pormenores do seu recheio.
As respostas gotejam-se em baixos e curtos zumbidos saídos já de outro plano de voo, e ambos iniciam nova rota com destino prometedor.
Satisfeitos com o reencontro, carrega o zangão, alegremente, a mochila com todos os pólens da colheita da manhã, enquanto conversa com a abelhinha-obreira sobre os pormenores do seu recheio.
As respostas gotejam-se em baixos e curtos zumbidos saídos já de outro plano de voo, e ambos iniciam nova rota com destino prometedor.
Já noutro cortiço, reconfortam-se com o doce mel que a abelha-mestra lhes preparou enquanto azoina com o zangão e, juntas, desafiam-no para brincadeiras por entre sorrisos marotos.
Ainda lambuzando os últimos pingos entremeados com atualizações on line - tentando assim perceber como vai o dia noutras colmeias -, prepara nova camuflagem com que enfrentará mais colheitas de bons pólens, não sem antes produzir alguma cera…
Estou pronta, zangão. - chama já acelerada para mais uma etapa.
Em voo apressado, mas ainda com tempo de atualizar o diário com a Rainha-das-rainhas e Zangão-dos-zangões, segue para novo floral onde a esperam saborosos néctares, desaparecendo por entre a ramagem.
Enquanto isso, o zangão vela por perto aguardando o desfecho desta investida.
Decorrido um par de horas a abelhinha reaparece sorridente como se ainda manhã fosse, trazendo deste jardim bué de novidades para partilhar com as outras, desde logo com as da colmeia principal.
Porque este dia já está a querer despedir-se, tomam seu último voo ziguezagueando por entre todas aquelas que com o mesmo fim se deslocam para o aconchego noturno dos cortiços-sede, não desperdiçando um derradeiro néctar que sabe existir no favo da abelha-mestra.
São horas de regressar ao cortiço onde repousará deste belo dia. Aí chegada, abraça as abelhas já presentes, acompanhado do relatório detalhado do desgastante dia. Dirige-se então para o seu casulo despedindo-se com um confiante e curto ‘até amanhã, zangão’.
11 Anos
30/09/2019
Parabéns, Rita, minha neta linda.
30/09/2019
Parabéns, Rita, minha neta linda.
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