E o ‘grande pássaro’, volvidas que foram três horas sobrevoando por aí, eliminou a distância entre o Sá Carneiro e o Luqa. Fez-se à pista Maltesa e aterrou sem sobressaltos no pequeno ponto que o esperava, com direito a palmas de descompressão e saudações para os pilotos.
(a insustentável leveza do avião fragiliza e o landing liberta)
O roteiro da viagem, graças à dedicação e empenho da Branca, minha mulher, que o elaborara e logo aceite pelos preguiçosos, começou logo no dia seguinte a ser executado.
1º dia - sábado, 19.
O roteiro da viagem, graças à dedicação e empenho da Branca, minha mulher, que o elaborara e logo aceite pelos preguiçosos, começou logo no dia seguinte a ser executado.
1º dia - sábado, 19.
Rabat, Mdina e Mosta.
Estudado que também estava a circularidade e os transportes a usar, começou-se bem cedinho a rentabilização deste percurso. Objetivo do dia: Rabat, Mdina e Mosta. Rabat foi pouco vista, apenas en passant, mas Mdina, colada a Rabat, foi a primeira boa surpresa dando origem às primeiras de muitas interrogações que iríamos ter ao longo da semana.
Mdina é uma cidade/forte medieval muito curiosa e interessante. E muito bem conservada. E, se não fossem os turistas, fantasma.
Mdina é uma cidade/forte medieval muito curiosa e interessante. E muito bem conservada. E, se não fossem os turistas, fantasma.
(algumas cenas do filme ‘Guerra dos Tronos’ foram aqui rodadas).
Por sorte estava um dia de sol intenso, de luz aberta e limpa, iluminando profusamente cada canto das suas ruas estreitas e sinuosas, emparedadas pelas casas/prédios. As fachadas pintadas de um tom ocre macio, refletiam e acrescentavam ainda mais e melhor luminosidade e resplandecência ao ‘casco antigo’, convidando a calcorreá-lo, o que fizemos demoradamente. O sol e a luz penetravam facilmente projetando-se em enormes feixes, criando sombras abundantes e contra-luzes ofuscantes.
Subimos ao pequeno promontório da colina onde está implantada (o ponto mais alto da ilha tem 250 m) e de lá a avistamos e medimos quase toda: o casario mais recente na costa Este e Sul e mais espaçado nas costas Norte e Poente; a parte agrícola ou sem casas, apesar do pequeno tamanho da ilha (316 km2), mostra-se-nos em manchas de dimensão razoável; os horizontes recortados e assinalados pelas inúmeras cúpulas das muitas igrejas (365 no total), confirmam a religiosidade deste povo.
Por sorte estava um dia de sol intenso, de luz aberta e limpa, iluminando profusamente cada canto das suas ruas estreitas e sinuosas, emparedadas pelas casas/prédios. As fachadas pintadas de um tom ocre macio, refletiam e acrescentavam ainda mais e melhor luminosidade e resplandecência ao ‘casco antigo’, convidando a calcorreá-lo, o que fizemos demoradamente. O sol e a luz penetravam facilmente projetando-se em enormes feixes, criando sombras abundantes e contra-luzes ofuscantes.
Subimos ao pequeno promontório da colina onde está implantada (o ponto mais alto da ilha tem 250 m) e de lá a avistamos e medimos quase toda: o casario mais recente na costa Este e Sul e mais espaçado nas costas Norte e Poente; a parte agrícola ou sem casas, apesar do pequeno tamanho da ilha (316 km2), mostra-se-nos em manchas de dimensão razoável; os horizontes recortados e assinalados pelas inúmeras cúpulas das muitas igrejas (365 no total), confirmam a religiosidade deste povo.
(95% dos 400.000 habitantes professam a religião católica romana, diz-se, alicerçados na história de São Paulo que aqui naufragou no ano 60 d.C. e mantida até aos dias de hoje apesar dos diferentes invasores e dominadores)
Entramos na Catedral de Mdina - Saint Paul's Cathedral -, construída no séc. XI e rec. no séc. XVII, para, digerindo a surpresa aos poucos, apreciar a grandeza, a arquitetura, o luxo, o fausto, a sumptuosidade, a decoração… um mimo de perfeição. Seguramente das mais bonitas de Malta. A vontade de trazer pedaços dela, despertou o impulso incontrolável de ‘milhares’ de fotos.
Entramos na Catedral de Mdina - Saint Paul's Cathedral -, construída no séc. XI e rec. no séc. XVII, para, digerindo a surpresa aos poucos, apreciar a grandeza, a arquitetura, o luxo, o fausto, a sumptuosidade, a decoração… um mimo de perfeição. Seguramente das mais bonitas de Malta. A vontade de trazer pedaços dela, despertou o impulso incontrolável de ‘milhares’ de fotos.
Já cá fora, petiscamos diretamente da roulote local os populares ‘pastizzis’, enquanto dávamos tréguas aos pés já sacrificados e ‘limpávamos’ um banco da praça desocupado; vagueamos por Rabat contíguo procurando novidades interessantes.
Olhamos as horas e procuramos o ‘Bus’ de regresso para cumprir a agenda.
Paramos em Mosta (tradução de Mosta: centro, do país) e, na rotunda, deparamo-nos com uma grandiosa e bonita Igreja, a Igreja de St. Mary Paroquial de Mosta (início: 1614 - fim: 1860), exibindo, bem lá no alto, a terceira maior cúpula do mundo, diz-se, com 61 metros de altura e 39,6 de diâmetro.
Paramos em Mosta (tradução de Mosta: centro, do país) e, na rotunda, deparamo-nos com uma grandiosa e bonita Igreja, a Igreja de St. Mary Paroquial de Mosta (início: 1614 - fim: 1860), exibindo, bem lá no alto, a terceira maior cúpula do mundo, diz-se, com 61 metros de altura e 39,6 de diâmetro.
A aparência prometia: dava indicações para algo que seria melhor explorar.
Ainda investigamos as típicas varandas maltesas locais que, da altura de um 2º andar, enfeitavam com vida colorida as ruas adjacentes numa paleta de cores que iríamos confirmar ser generalizada a toda a parte antiga da ilha.
Apressamo-nos a entrar movidos pela curiosidade.
Ainda investigamos as típicas varandas maltesas locais que, da altura de um 2º andar, enfeitavam com vida colorida as ruas adjacentes numa paleta de cores que iríamos confirmar ser generalizada a toda a parte antiga da ilha.
Apressamo-nos a entrar movidos pela curiosidade.
A harmonia da arquitetura, o espaço amplo disponível, o tamanho, a altura e largura anormais da cúpula, as cores vivas mas suaves criteriosamente dispersas por toda ela, o púlpito de madeira e design requintados bem destacado num ponto estratégico, os inúmeros arcos-capela, a nobreza e primor do altar principal… tudo, obriga a sentar quem chega, anestesiando-lhe os sentidos ou, por outra, transportando-o para o limbo do belo, do esteticamente perfeito, e aí permanecer por um bom tempo a congeminar um turbilhão de questões.
Já mais ou menos refeito do primeiro impacto vai o forasteiro então ao pormenor e não fica desiludido, pelo contrário.
Historicamente é relatado que na 2ª guerra uma bomba alemã terá caído e perfurado esta cúpula e ao não rebentar poupara a vida a 300 pessoas que aí delas se abrigavam; uma réplica dessa bomba estará na sacristia, que não vimos.
Estava ainda projetada uma visita ao jardim de San Anton que alguém aconselhara mas a hora, os transportes e localização inexata fez riscá-lo do mapa.
2º dia - domingo, 20.
Já mais ou menos refeito do primeiro impacto vai o forasteiro então ao pormenor e não fica desiludido, pelo contrário.
Historicamente é relatado que na 2ª guerra uma bomba alemã terá caído e perfurado esta cúpula e ao não rebentar poupara a vida a 300 pessoas que aí delas se abrigavam; uma réplica dessa bomba estará na sacristia, que não vimos.
Estava ainda projetada uma visita ao jardim de San Anton que alguém aconselhara mas a hora, os transportes e localização inexata fez riscá-lo do mapa.
2º dia - domingo, 20.
Marsaxlokk (trad.: Porto do Sul)
Apesar das distâncias curtas, demoramos um pouco a chegar Marsaxlokk pois o sistema de transportes públicos assim o obrigou.
Apesar de bem organizados e a funcionar com normalidade aceitável, o sistema único de transportes públicos [400 Bus a partir de várias ‘Bus Central Stations’ (empresa concessionária / não existe Metro nem Comboio)], levam, com a demora típica dos TP, todos a todo o lado.
Como é o transporte eleito pelos residentes e turistas (2,5 milhões/ano) para se deslocarem, têm de circular por todo o lado provocando constrangimentos, demoras e, principalmente, retirando visibilidade para o exterior para quem dentro deles se faz deslocar e não queira deitar fora a circunstância de conhecer mais e mais.
Ainda assim, com menor proveito da viagem, lá fomos para o nosso destino captando o possível.
E chegamos à Baía de Marsaxlokk: um encanto de lugar.
Malta, principalmente na costa Este e Sul, tem inúmeras baías a concorrer entre elas pela primeiro lugar.
E chegamos à Baía de Marsaxlokk: um encanto de lugar.
Malta, principalmente na costa Este e Sul, tem inúmeras baías a concorrer entre elas pela primeiro lugar.
Muitas delas protegidas por enseadas naturais ou artificiais, oferecem a quem lá mora e a quem chega lençóis de águas calmas e espelhadas de um azul-mar intenso e abundante e, apetece dizer, único, com frequência matizados de um verde esmeralda caribenho.
Um azul-mar ‘maltês’ que informa toda a ilha de qualquer ponto que se esteja.
Não foi com certeza por acaso que o filme ‘Lagoa Azul’ (1981/vi) foi rodado em Malta, mais exatamente numa das baías da ilha de Comino, bem visível e à distância de um simples olhar.
Não terá sido por acaso que muitos povos ao longo da história aportaram a estas baías e aí se fixaram.
Não terá sido também por acaso que a disputa por estas paragens tenha obrigado à construção de muitos e robustos fortes defensivos.
E esta baía de Marsaxlokk não foge a estas regras, com um particular adicional: de ser o porto seguro para os barcos de pesca das gentes locais.
A juntar ao azul das águas do mar, estão esses barcos pintados das várias cambiantes do azul, verde e amarelo, decorados com desenhos e expressões multicolores - e em quase todos os populares ‘eyes’ -, dando ao conjunto o que a máquina fotográfica mais gosta: cor, luz e contexto.
Não foi com certeza por acaso que o filme ‘Lagoa Azul’ (1981/vi) foi rodado em Malta, mais exatamente numa das baías da ilha de Comino, bem visível e à distância de um simples olhar.
Não terá sido por acaso que muitos povos ao longo da história aportaram a estas baías e aí se fixaram.
Não terá sido também por acaso que a disputa por estas paragens tenha obrigado à construção de muitos e robustos fortes defensivos.
E esta baía de Marsaxlokk não foge a estas regras, com um particular adicional: de ser o porto seguro para os barcos de pesca das gentes locais.
A juntar ao azul das águas do mar, estão esses barcos pintados das várias cambiantes do azul, verde e amarelo, decorados com desenhos e expressões multicolores - e em quase todos os populares ‘eyes’ -, dando ao conjunto o que a máquina fotográfica mais gosta: cor, luz e contexto.
Se há locais onde se gastam muitos rolos fotográficos, este é, sem dúvida, um deles.
E gastamos, claro.
Os Postcards inspirados que inevitavelmente todos tentam conseguir e trazer nas suas máquinas, faz jus ao ambiente fantástico e à diversidade de vida pujante que agitam estas paragens.
Por ser domingo e dia de mercado, de peixe e não só, a zona ribeirinha inundou-se de transeuntes, com clara predominância para os turistas. Engrossamos os aglomerados de gentes que por aí turistavam e, como eles, passeamos e almoçamos nas margens ribeirinhas.
Por ser domingo e dia de mercado, de peixe e não só, a zona ribeirinha inundou-se de transeuntes, com clara predominância para os turistas. Engrossamos os aglomerados de gentes que por aí turistavam e, como eles, passeamos e almoçamos nas margens ribeirinhas.
(o meu correu mal porque o pesto estava estragado - Rest.: Duncan)
Fiquei sem saber se o lugar decora o olhar se o olhar decora o lugar.
Fiquei sem saber se o lugar decora o olhar se o olhar decora o lugar.
Mas bonito, lá isso é.
Tencionávamos chegar a St. Peter’s Pool, uma piscina natural, mas não deu.
Novamente de Bus chegamos a Valletta, a Capital.
Tencionávamos chegar a St. Peter’s Pool, uma piscina natural, mas não deu.
Novamente de Bus chegamos a Valletta, a Capital.
O primeiro contacto deu-se a partir da ‘Bus Station’, ainda em Floriana, mesmo na entrada da cidade.
Sentamo-nos por ali tentando absorver aos poucos os contornos e a vida que a fazia mexer.
A praça recetora é uma desnudada, ampla e bonita sala de visitas, com três Titans a emergir do cimo de um fontanário, a guardar e a franquear o portão de entrada um pouco mais à frente.
Mais à direita, na zona nobre, de um pequeno jardim bem tratado (relvado, arborizado e florido), erguia-se um digno memorial aos cidadãos malteses mortos na 2ª guerra mundial; na sua base cilíndrica, sobre um fundo preto-de-morte, uma lista com os seus nomes gravados em letras de bronze dourado não os deixam morrer; no topo do obelisco de mármore travertino, numa águia, também em bronze dourado brilhante e espelhado, perpetuou o escultor o voo para a liberdade.
Bonito.
Pleno de simbolismo e mensagens.
Já virados para o Centro, o forte e o seu profundo fosso (em reabilitação), transportam-nos para outros tempos e histórias.
Começamos a entrar.
Já virados para o Centro, o forte e o seu profundo fosso (em reabilitação), transportam-nos para outros tempos e histórias.
Começamos a entrar.
No topo, o edifício (2015) do Parlamento (65 Dep.) sobressai-se numa arquitetura de linhas modernas que contrasta com outro de traça antiga, em frente, exemplarmente recuperado, mantendo com destaque as típicas janelas maltesas, estas, verdes. Faz parte desta praça retangular as ruínas da ópera que as bombas da 2ª guerra destruiu, sendo agora aproveitada - e assim mantida como evidência histórica - para atividades culturais; cultura que Hitler quis deste modo decapitar.
Eliminando a cultura de um povo destrói-se-lhe a alma coletiva.
Residem nesta área o governo, os ministérios, o primeiro ministro e presidente.
Eliminando a cultura de um povo destrói-se-lhe a alma coletiva.
Residem nesta área o governo, os ministérios, o primeiro ministro e presidente.
A rua principal, da República, veia central e orientadora, começa nesta praça e prolonga-se por 600 m até ao mar.
É, claramente, a aorta e o coração da cidade. Para aqui converge ‘obrigatoriamente’ toda a gente, às centenas, e por aí vagueiam, colhendo e saboreando sem pressas a pacatez do ambiente, a temperatura suave, a gente simpática e acolhedora.
O comércio abunda e as esplanadas exigem que as frequentem de tão agradáveis serem.
Já de regresso apeamo-nos em St. Paul’s Bay tomando para nós o entardecer insular projetado nas suas águas cristalinas.
3º dia - segunda, 21.
Já de regresso apeamo-nos em St. Paul’s Bay tomando para nós o entardecer insular projetado nas suas águas cristalinas.
3º dia - segunda, 21.
Voltamos, obviamente, a Valeta.
Reentramos pela Porta Principal, um ícone preservado, contornamos o teatro/ópera, demoramo-nos no ‘Albergue de Castilha, Léon e Portugal’ tentando perceber da razão da presença do nosso escudo que na fachada principal, bem lá no alto, exibia as cinco quinas portuguesas; captamos um primeiro look da baía, do Porto, do terminal de cruzeiros e dos inúmeros e bonitos iates por ali aparcados.
Já no jardim panorâmico sobranceiro ao Harbour - Upper Barrakka Garden - e numa balaustrada apropriada, o olhar recebe o horizonte como limite.
Estava um dia bonito, aberto, com esparsas nuvens brancas e sombras suaves protetoras. No patamar inferior meia dúzia de canhões explicavam algum passado. Do outro lado da baía, à distância de um tiro de canhão, três cidades irmãs gêmeas - Vittoriosa, Senglea e Cospicua - cabiam numa foto; mesmo em frente o Forte Saint Angelo protege-as.
Já no jardim panorâmico sobranceiro ao Harbour - Upper Barrakka Garden - e numa balaustrada apropriada, o olhar recebe o horizonte como limite.
Estava um dia bonito, aberto, com esparsas nuvens brancas e sombras suaves protetoras. No patamar inferior meia dúzia de canhões explicavam algum passado. Do outro lado da baía, à distância de um tiro de canhão, três cidades irmãs gêmeas - Vittoriosa, Senglea e Cospicua - cabiam numa foto; mesmo em frente o Forte Saint Angelo protege-as.
Mais uma vez, as cúpulas avermelhadas das igrejas furam o céu sozinhas; o casario habitacional gastaria ao pintor uma só variedade de tinta, o marrom, e aconselhá-lo-ia a uma solução abstrata de traço irregular e desalinhado; não podia faltar uma alusão às antenas e à cablagem elétrica aéreas.
A atividade do Porto era intensa e protegida pela enseada natural/artificial, fechando-se numa ponte de ferro avermelhada a definir e compartimentar planos e a ligar estas cidades a Valletta.
Ainda com o troar do tiro de canhão a marcar o meio-dia e a reverberar nos tímpanos, retomamos o eixo central em direção à Catedral de São João.
Entrementes íamos selecionando o sítio certo para o almoço.
Catedral de São João (1573 e 1578)! o que dizer dela sem deturpar ou omitir o essencial que, de resto, é tudo?
Tentemos.
Está assente no meio de casario avulso de igual volumetria, o que lhe confere deficiente visibilidade e parco espaço exterior, reduzindo-lhe importância. Pena. Logo, a primeira avaliação não surpreende e até a normaliza.
Ainda com o troar do tiro de canhão a marcar o meio-dia e a reverberar nos tímpanos, retomamos o eixo central em direção à Catedral de São João.
Entrementes íamos selecionando o sítio certo para o almoço.
Catedral de São João (1573 e 1578)! o que dizer dela sem deturpar ou omitir o essencial que, de resto, é tudo?
Tentemos.
Está assente no meio de casario avulso de igual volumetria, o que lhe confere deficiente visibilidade e parco espaço exterior, reduzindo-lhe importância. Pena. Logo, a primeira avaliação não surpreende e até a normaliza.
Mas por dentro!?, uma obra de arte rara quer na perspetiva arquitetónica quer decorativa. Irrepreensível. Sem o mínimo defeito.
A talha dourada e muito trabalhada - quase renda de bilros - predomina, assente em paredes de fundo verde dando-lhe personalidade, vivacidade e nobreza; o pé-direito alto e alongado de ponta-a-ponta aumenta a profundidade da nave central; as oito capelas laterais de arcos iguais atribuídas a diversos países de entre os quais o nosso (Capela de Castela, Leão e Portugal com motivos alusivos), engrandecem-na em espaço e decoração; o altar-mor ,encimado por um majestoso dossel que o cobre totalmente, identifica-o com destaque; as entradas de luz pelas janelas da cúpula e pelas das das capelas com a ajuda de lustres de grande dimensão e holofotes discretos, inundam todo o espaço na dose certa e convida ao silêncio; os tetos repletos de imagens sacras ilustram, como pergaminhos, a história da religião; o chão em mármore polido com encastoações irrepreensivelmente trabalhadas também em mármore policolor suave, harmoniza e embeleza ainda mais o templo.
Tudo pensado e executado ao mínimo detalhe.
Como se isto não bastasse para inebriar os sentidos, e basta, corre em fundo um 'longínqua' música gregoriana que os preenche completamente.
Mas há mais: ao fundo, depois da Capela portuguesa com motivos portugueses, um museu de arte. Não sendo grande em tamanho nem em quantidade de quadros, tem dois Caravaggio (1571–1610) que, só por si, o enchem: a decapitação de São João Baptista (1608) (tela de 361x520cm) e “São Jerónimo” (1607–1608), ambos recentemente recuperados em Itália.
E aqui chegados, há que multiplicar e distender o tempo para os poder apreciar sem pressas satisfazendo de algum modo a longa expectativa.
Tudo pensado e executado ao mínimo detalhe.
Como se isto não bastasse para inebriar os sentidos, e basta, corre em fundo um 'longínqua' música gregoriana que os preenche completamente.
Mas há mais: ao fundo, depois da Capela portuguesa com motivos portugueses, um museu de arte. Não sendo grande em tamanho nem em quantidade de quadros, tem dois Caravaggio (1571–1610) que, só por si, o enchem: a decapitação de São João Baptista (1608) (tela de 361x520cm) e “São Jerónimo” (1607–1608), ambos recentemente recuperados em Itália.
E aqui chegados, há que multiplicar e distender o tempo para os poder apreciar sem pressas satisfazendo de algum modo a longa expectativa.
E assim foi.
Eleito o café ‘Cordina’ (1837) para almoço, escolhemos uma sombra na sua esplanada da praça da biblioteca, sob a égide da Rainha Vitória de Inglaterra, outrora aqui Soberana.
Eleito o café ‘Cordina’ (1837) para almoço, escolhemos uma sombra na sua esplanada da praça da biblioteca, sob a égide da Rainha Vitória de Inglaterra, outrora aqui Soberana.
(independência de Inglaterra em 1964).
Quase em frente o ‘Court of Justice’.
Depois do café-expresso misturamo-nos na multidão e continuamos as descobertas.
Descobrimos mais ruas que, apesar de estreitas, fizeram lembrar o nosso alinhamento pombalino.
Descobrimos que muitas das casas/prédios que as emparedam estão vazios, próximos da ruína; deduzimos que, devido à sua volumetria, à quantidade e ausência de massa crítica para a sua recuperação para a economia, será muito difícil interessar alguém para uma reabilitação generalizada.
Depois do café-expresso misturamo-nos na multidão e continuamos as descobertas.
Descobrimos mais ruas que, apesar de estreitas, fizeram lembrar o nosso alinhamento pombalino.
Descobrimos que muitas das casas/prédios que as emparedam estão vazios, próximos da ruína; deduzimos que, devido à sua volumetria, à quantidade e ausência de massa crítica para a sua recuperação para a economia, será muito difícil interessar alguém para uma reabilitação generalizada.
Oxalá sim, mas não vejo concretizáveis a curto-médio prazo.
Veremos.
Descobrimos o teatro Manoel; descobrimos mais bonitas igrejas e descobrimos o caminho para o hotel.
4º dia - Terça, 22.
Descobrimos o teatro Manoel; descobrimos mais bonitas igrejas e descobrimos o caminho para o hotel.
4º dia - Terça, 22.
Ilha de Gozo
Já experimentados no uso do Bus, chegara a altura de tentar os Ferries (serviço de cacilheiro melhorado). Com facilidade chegamos ao cais de embarque para a ilha de Gozo (67 km2/37.000 hab.), o destino do dia, na esperança de que no ferry coubessemos.
E coubemos.
30 minutos passam depressa mas não tão depressa que não possamos retirar daquele Mediterrâneo o prazer de uma viagem sobre um mar calmo num ‘Supreme Cruises’ seguro. No deck superior vogando sobre as águas azuis, depressa avistamos Comino (minúscula ilha: 2Km2/3 hab.), sobre a direita, que rapidamente foi substituída por Gozo, cada vez maior à nossa frente.
Esquecemos por umas horas ambas, Comino e Malta, para nos concentrarmos com Gozo.
Tomamos o Bus que nos aguardava misturados no bulício da multidão e seguimos para o Centro da Ilha e da Capital: Vitória (Rabat).
A viagem é curta e fomos vendo o que ia aparecendo, em tudo idêntico a Malta. Não surpreendeu.
Já a pé, caminhamos em direção ao seu principal ícone, a Cittadella, passando por suas ruas e praça, onde mais tarde almoçaríamos.
Cittadella, confirma-se, é de facto um local a visitar.
30 minutos passam depressa mas não tão depressa que não possamos retirar daquele Mediterrâneo o prazer de uma viagem sobre um mar calmo num ‘Supreme Cruises’ seguro. No deck superior vogando sobre as águas azuis, depressa avistamos Comino (minúscula ilha: 2Km2/3 hab.), sobre a direita, que rapidamente foi substituída por Gozo, cada vez maior à nossa frente.
Esquecemos por umas horas ambas, Comino e Malta, para nos concentrarmos com Gozo.
Tomamos o Bus que nos aguardava misturados no bulício da multidão e seguimos para o Centro da Ilha e da Capital: Vitória (Rabat).
A viagem é curta e fomos vendo o que ia aparecendo, em tudo idêntico a Malta. Não surpreendeu.
Já a pé, caminhamos em direção ao seu principal ícone, a Cittadella, passando por suas ruas e praça, onde mais tarde almoçaríamos.
Cittadella, confirma-se, é de facto um local a visitar.
Erigida no ponto mais alto da pequena ilha, no seu centro, de lá, num olhar panorâmico de 360º se alcança, com exceção para o detalhe da orla marítima, toda a sua dimensão, morfologia e grandes manchas habitacionais.
Pela sua imponência, despertou-nos de imediato interesse uma Basílica - Madonna Ta’ Pinu (1916/1931), que no horizonte médio se destacava, a visitar mais tarde.
Pagamos a necessária entrada para a Cittadella e Basílica de Vitória - de St George -, dentro do Forte, subimos e descemos suas ruelas e pelo labirinto da sua história.
Para não repetir citações ou descrições - até porque começam a faltar palavras e expressões distintivas - não referirei o que encontramos, mormente nas duas Catedrais visitadas, dizendo tão somente que, ambas, vêm na linha das que até agora admiramos e que merecem uma visita igual às demais, o que fizemos.
As Igrejas/Catedrais/Basílicas neste pequeno país, por si só, merecem um roteiro específico. São tantas, tão majestosas, tão bonitas, tão perfeitas, tão deslumbrantes, tão bem conservadas que pasmam, também, quem as procura apenas pelo lado do estético ou do histórico.
Relevo apenas os aspetos mais destacáveis ou impressionáveis:
. Arquitetura
Pela sua imponência, despertou-nos de imediato interesse uma Basílica - Madonna Ta’ Pinu (1916/1931), que no horizonte médio se destacava, a visitar mais tarde.
Pagamos a necessária entrada para a Cittadella e Basílica de Vitória - de St George -, dentro do Forte, subimos e descemos suas ruelas e pelo labirinto da sua história.
Para não repetir citações ou descrições - até porque começam a faltar palavras e expressões distintivas - não referirei o que encontramos, mormente nas duas Catedrais visitadas, dizendo tão somente que, ambas, vêm na linha das que até agora admiramos e que merecem uma visita igual às demais, o que fizemos.
As Igrejas/Catedrais/Basílicas neste pequeno país, por si só, merecem um roteiro específico. São tantas, tão majestosas, tão bonitas, tão perfeitas, tão deslumbrantes, tão bem conservadas que pasmam, também, quem as procura apenas pelo lado do estético ou do histórico.
Relevo apenas os aspetos mais destacáveis ou impressionáveis:
. Arquitetura
. Volumetria
. Espaço Interior
. Dimensões (CxLxA)
. Armonia
. Beleza
. Elegância
. Decoração
. Tratamento da Luz interior
. Altares laterias
. Altar-Mor
. Dosséis
. Baldaquinos,
. Púlpitos
. Colunas
. Cúpulas
. . .
5º dia - quarta, 23
5º dia - quarta, 23
Sliema (Valletta) e Birgu
E chegaram os dias para nos confundirmos com outro tipo de multidão: a turística amante do litoral e do litoral ele mesmo.
Tomamos o Bus como habitualmente na Station de S. Paul’s Bay e, logo pelo litoral, seguimos para Sliema.
Salto de imediato para Sliema e deixo a marginal para o regresso.
A cidade de Sliema nasceu, justificadamente, à volta de uma das baías mais interessante da ilha que entusiasmou povos mais antigos, primeiro, e cresceu continuando a entusiasmar pelas mesmas razões, os mais recentes e os dos dias de hoje, depois.
Salto de imediato para Sliema e deixo a marginal para o regresso.
A cidade de Sliema nasceu, justificadamente, à volta de uma das baías mais interessante da ilha que entusiasmou povos mais antigos, primeiro, e cresceu continuando a entusiasmar pelas mesmas razões, os mais recentes e os dos dias de hoje, depois.
Desse passado subsistem marcas importantes sendo que as da primeira linha de água são, ostensivamente, atuais.
O privilégio da sua posição geográfica, a entrada no país na UE em 2004 - com acesso aos fundos comunitários - despertou e potenciou o turismo que para lá correu e continua a correr em força. Tomou conta da primeira linha da Baía e construiu e continua a construir em quantidade, menos em qualidade e muito em altura, de costas voltadas para a Sliema antiga. O país com esses fundos fez a parte que lhe competia e dotou a marginal de passeios, liberalizou a restauração e os transportes terrestres (Bus) e marítimos: pôs a economia a funcionar. Os turistas aderiram em massa e são já mais que os residentes. O reverso e perverso da medalha é já aflitivo. Tivesse a ilha praias de areia branca e o problema seria sério, muito sério.
Estou convicto que, sem alternativa económica sustentável e mais rentável, vai continuar a apostar no setor com consequências de erosão e dependência económica imprevisíveis; ou talvez nem tanto.
O ambiente em geral é agradável e desfrutável num misto de turismo alto, médio e popular em coabitação pacífica.
Valletta, a capital, desfruta da melhor posição geográfica e morfológica da ilha: instalou-se numa península com a baía de Birgu de um lado e a de Sliema de outro e protegida por enseadas.
Apanhamos o Ferry em Sliema, aportamos em Valletta, subimos por ruas e vielas até à Bus Station que nos levaria a Birgu.
É um travessia curta mas encantadora: a luz e o sol foram amigos clareando e aquecendo o ambiente no barco apinhado e as duas pequenas encostas da baía a dar-lhe proximidade, escala de cores e vida. As águas calmas da baía não ofereciam resistência à nossa passagem: quase flutuamos.
O privilégio da sua posição geográfica, a entrada no país na UE em 2004 - com acesso aos fundos comunitários - despertou e potenciou o turismo que para lá correu e continua a correr em força. Tomou conta da primeira linha da Baía e construiu e continua a construir em quantidade, menos em qualidade e muito em altura, de costas voltadas para a Sliema antiga. O país com esses fundos fez a parte que lhe competia e dotou a marginal de passeios, liberalizou a restauração e os transportes terrestres (Bus) e marítimos: pôs a economia a funcionar. Os turistas aderiram em massa e são já mais que os residentes. O reverso e perverso da medalha é já aflitivo. Tivesse a ilha praias de areia branca e o problema seria sério, muito sério.
Estou convicto que, sem alternativa económica sustentável e mais rentável, vai continuar a apostar no setor com consequências de erosão e dependência económica imprevisíveis; ou talvez nem tanto.
O ambiente em geral é agradável e desfrutável num misto de turismo alto, médio e popular em coabitação pacífica.
Valletta, a capital, desfruta da melhor posição geográfica e morfológica da ilha: instalou-se numa península com a baía de Birgu de um lado e a de Sliema de outro e protegida por enseadas.
Apanhamos o Ferry em Sliema, aportamos em Valletta, subimos por ruas e vielas até à Bus Station que nos levaria a Birgu.
É um travessia curta mas encantadora: a luz e o sol foram amigos clareando e aquecendo o ambiente no barco apinhado e as duas pequenas encostas da baía a dar-lhe proximidade, escala de cores e vida. As águas calmas da baía não ofereciam resistência à nossa passagem: quase flutuamos.
No centro do barco, no deck superior, rodopiamos 360º para ficarmos com aquela imagem panorâmica já que nas máquinas não resultaria igual ao original.
Fomos ‘recebidos’ por uma Corveta que por ali manobrava.
O Bus circulou de paragem em paragem até ao términus de Birgu local onde se concentram as três cidades umbilicalmente ligadas, peninsuladas, cada uma com a sua baía: Vittoriosa, Senglea e Cospícua.
O Bus circulou de paragem em paragem até ao términus de Birgu local onde se concentram as três cidades umbilicalmente ligadas, peninsuladas, cada uma com a sua baía: Vittoriosa, Senglea e Cospícua.
As três, ainda em fase de (complicada) reabilitação, dispõem já de infra-estruturas, nomeadamente ribeirinhas, que lhes permitem disponibilizar Marinas para grandes e bonitos iates.
E eles lá estão ancorados às centenas.
As Bay’s, bem tratadas, bem muradas com jardins exteriores bem cuidados, oferecem sentimentos de paz e equilíbrio mas também cosmopolitismo.
As Bay’s, bem tratadas, bem muradas com jardins exteriores bem cuidados, oferecem sentimentos de paz e equilíbrio mas também cosmopolitismo.
Almoçamos por lá numa esplanada de restaurante de rua e gastamos solas à volta das Bay’s.
Já de regresso via Valletta, optamos por repetir S. Julian’s Bay.
Já de regresso via Valletta, optamos por repetir S. Julian’s Bay.
E foi boa opção.
Ao circular pela marginal podemos usufruir dela e avaliar do nível em que está o turismo - é só turismo por estas bandas -, suas escolhas, o tratamento dado a toda aquela marginal, com passeio do lado do mar bem largo e arborizado, acolhedor e prazeroso.
S. Julian’s Bay será a zona mais eclética da ilha: baía pequena, sob controlo, pequenos nichos mais privados, restaurantes e bares panorâmicos, hotéis a dominar a paisagem, acesso à água límpida…
Um canto com encanto.
Refrescamo-nos com uma ‘loirinha’ com o espelho de água azul a pouca altura e distância e o sol a despedir-se com classe.
6º dia - quinta, 24
Um canto com encanto.
Refrescamo-nos com uma ‘loirinha’ com o espelho de água azul a pouca altura e distância e o sol a despedir-se com classe.
6º dia - quinta, 24
Popeye, Golden Bay
É quase obrigatório visitar a Aldeia do Popeye. E lá fomos com mudança de Bus.
Reza a história deste lugar que esta aldeia foi posta de pé para aqui serem feitas as filmagens do conhecido personagem e da sua Olívia Palito, do Brutus e Cª. e do estrelado tijolo!
Pois bem, a pequena aldeia está ainda em ‘bom estado de conservação e limpeza’ mas algo décadent e acho que ficará mais ainda por ser um personagem animado que já não passa nos dias de hoje; a criançada vê outras coisas alimentadas pela Pixar da Disney e outras, constantemente em renovação.
Não obstante permanece o encanto e candura que fez sonhar gerações.
Lá estão as casinhas tortas, desequilibradas e desalinhadas dispersas pela pequena encosta com muita cor e os personagens da banda andam por lá e pela lembrança de muitos.
Se contemplada um pouco mais à distância, da estrada por exemplo, a baía minúscula aos seus pés - mesmo esquecendo o imenso mar-azul onde continua - aumenta-lhe o charme e torna-a irresistível. Os sonhos de outro tempo reaparecem instantaneamente e são bem-vindos.
E a máquina fotografa-os.
Faltava ver a outra Costa, a Oeste.
Faltava ver a outra Costa, a Oeste.
Esperamos o Bus e seguimos para lá. Entre margens, paramos no Restaurante ‘Il-Barri’ onde um Maltês que conhecia Portugal e Vila Nova de Gaia nos serviu um arroz de caril divinal - com que, seguramente, apenas recebe os deuses -, e um branco local geladinho que ainda perduram no palato.
Bem haja.
Seguimos para a Costa, para a Golden Bay, mas nem com essa nem com outras nos entusiasmamos a sair. Esta Costa é pedregosa, não dispõe de baixios, praias e muito menos baías e isso não aliciou a ocupação turística. Na Golden Bay ainda ergueram três hotéis e existe areia numa minúscula praia mas não justificou ainda a melhoria do acessos ou estrada marginal.
Seguimos para a Costa, para a Golden Bay, mas nem com essa nem com outras nos entusiasmamos a sair. Esta Costa é pedregosa, não dispõe de baixios, praias e muito menos baías e isso não aliciou a ocupação turística. Na Golden Bay ainda ergueram três hotéis e existe areia numa minúscula praia mas não justificou ainda a melhoria do acessos ou estrada marginal.
E assim, damos por vista esta Costa e regressamos a Valletta e a S. Julian’s Bay.
Malta valeu a pena? Claro que sim. Pessoalmente seleciono como pontos fortes:
As Igrejas, Catedrais e Basílicas;
Malta valeu a pena? Claro que sim. Pessoalmente seleciono como pontos fortes:
As Igrejas, Catedrais e Basílicas;
A Monumentalidade;
A evolução histórica deste pequeno país;
As simpáticas baías.
Suas gentes.
São tantos os turistas que não é fácil identificar os locais; daí a aconselhada pergunta prévia: ‘do you live here?’. Ficamos todavia com a ideia pelas abordagens possíveis que são gente simpática e acolhedora, nada ficando a dever aos portugueses.
Os pontos baixos estão ditos ou subentendidos no que fui dizendo.
Notas à margem:
Os pontos baixos estão ditos ou subentendidos no que fui dizendo.
Notas à margem:
Água doce, uma questão de peso.
Sem rios ou lagos, a quantidade de água doce disponível é escassa, muito escassa. Até há bem pouco tempo era captada em 8.500 furos artesianos e depois canalizada para a rede pública. Adicionalmente havia a obrigatoriedade nacional para que cada casa se auto-abastecesse em furos próprios.
As recentes alterações climáticas - invernos de intensa pluviosidade e verões estiosos e longos -, o aumento da população residente e temporária (turismo), a construção habitacional e turística em altura fez disparar o consumo. A UE entrou no problema e ‘obrigou’ à alteração do paradigma: construção de túneis subterrâneos como depósitos e dessalinização.
Obs.: não é sentida a falta de água mas é bem visível carência dela na sujidade das ruas e carros estacionados, como exemplo.
Densidade Populacional
As recentes alterações climáticas - invernos de intensa pluviosidade e verões estiosos e longos -, o aumento da população residente e temporária (turismo), a construção habitacional e turística em altura fez disparar o consumo. A UE entrou no problema e ‘obrigou’ à alteração do paradigma: construção de túneis subterrâneos como depósitos e dessalinização.
Obs.: não é sentida a falta de água mas é bem visível carência dela na sujidade das ruas e carros estacionados, como exemplo.
Densidade Populacional
1.264 pessoas por km2, o 5º País mais populoso do Mundo.
Um ‘detalhe’ a ter em conta.
Tamanho da ilha.
Tamanho da ilha.
Quando se viaja para Malta levamos na mente a pequena dimensão do país (316 km2). Porém, depois de se percorrer suas ruas labirínticas, sinuosas e escondidas em altas paredes; depois de se andar horas de Bus cheios de gente e com pouca mostra do arround; depois de se contornarem as muitas baías; depois de se conhecer as marginais com o imenso mar pela frente; depois de se conhecer a volumetria dos edifícios... fica gravada a ideia de que se acabou de ver um país imenso.
Estranho.
No regresso voava connosco um casal que também tinha praticado mergulho e vinha entusiasmadíssimo…
Estranho.
No regresso voava connosco um casal que também tinha praticado mergulho e vinha entusiasmadíssimo…
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