Escrito em 1882, por Joaquim Maria Machado de Assis, um ilustre, consagrado e versátil escritor brasileiro - senão o maior deles - leva-nos com este pequeno romance para o mundo da pseudo-ciência (cientificismo), da loucura, do poder, da manipulação das massas…
Usa, ainda, embora não seja importante para a história, o ambiente monárquico sem que isso altere a ação dos manipuladores.
O texto, com 150 anos, pode perfeitamente ser reescrito nos nossos dias, bastando para tanto alterar-lhe apenas os nomes e as técnicas comunicacionais ou a base de partida. Os exemplos são replicados por esse mundo fora incluindo, naturalmente, Portugal.
O livro, de resto, a partir do ponto em que se percebe a intenção do autor, torna-se menos interessante por ser um claro ‘dejá vue’, para quem acompanha os comportamentos das sociedades modernas: basicamente igual.
Levei a leitura até ao fim não tanto pelo conteúdo mas pela forma: literariamente aliciante.
(AudioBooks da LibriVox)
- por uns tempos vou pausar os escritores do século XIX. Embora os tenha em altíssima conta - tanto pelo conteúdo como pela forma - o certo é que ao lê-los me sinto transportado para outro tempo, para um tempo demasiado histórico, deixando escapar ou acompanhar menos que a conta o respirar dos dias de hoje. Mas voltarei lá...
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