terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Os (novos) 15 pecados da igreja, segundo Francisco

1.
Acompanho a alguma distância os assuntos da Religião Católica seguida, ainda a maior, da Islâmica, da Hindu, Budista, incluindo todas as outras de menor expressão por entender que todas elas - cada uma à sua maneira - são imprescindíveis na condução dos povos e por, assim, compreender melhor mais alguns comportamentos das sociedades.
Interessa-me principalmente o lado institucional e social.
É próprio ao ser humano, nos seus momentos mais introspectivos, levantarem-se-lhe dúvidas existenciais para as quais possa não encontrar respostas à mão. Assumir um além, um deus, uma crença a quem as possa confiar e daí obter 'respostas', pode trazer-lhe a quietude de que necessita.
Mesmo o ateísmo pode ser considerado uma religião, não num deus mas, diria, num anti deus. Tem, à semelhança dos crentes religiosos, um crença em algo de onde obtém respostas similares.

2.
A Igreja de Roma, tendo sido também fundamentalista em diversas épocas - recordam-se aqui as cruzadas da idade média e mais recentemente a inquisição -, foi evoluindo lentamente muito em razão do seu chefe espiritual de momento e sobretudo a partir da segunda metade do século XX aproximou-se mais dos seus seguidores.

O perfil do Papa em exercício condiciona e muito a seleção dos itens que queira valorizar no seu mandato, a rapidez da sua implementação e a sua maior ou menor globalização.

Francisco, sucedendo a um Papa fidalgo e curricular e oriundo de um mundo diferente, encontrou terreno sequioso que muito bem trata e onde as suas sementes estão a crescer, algumas já com fruto.

Nas vésperas de Natal fez nova sementeira.
Aproveitando a presença da Curia e o seu estado dormente pelo espírito natalício, passeou o seu arado por entre eles, deixando reflexões importantes para todos.
É certo que aquele terreno é árido e resistente à água fresca. Ouviu-se até o restolhar das cadeiras e o 'frou-frou' das suas imponentes vestimentas encardidas agitando o pó acumulado. Suas mentes começaram lentamente a acordar do longo período hibernal.
Tenho a certeza que perceberam a mensagem de Francisco mas já não a tenho para a quererem passar à prática. Ainda estão demasiado refastelados nas suas vistosas cadeiras cardinalícias para delas abdicarem.

As religiões transportam, também através destes seus agentes, cargas pesadas com sedimentos milenares onde as novidades demoram tempo até encontrarem espaços.

Em Francisco,'Habemus Papa'.

1.    A doença do sentir-se “imortal”, “imune” ou até mesmo “indispensável” 
2.    A doença do “martalismo” (que vem de Marta), da excessiva operosidade
3.    A doença do “empedernimento” mental e espiritual
4.    A doença do planejamento excessivo e do funcionalismo
5.    A doença da má coordenação
6.    A doença do “alzheimer espiritual”
7.    A doença da rivalidade e da vanglória
8.    A doença da esquizofrenia existencial
9.    A doença das fofocas, das murmurações e do mexerico
10.  A doença de divinizar os chefes
11.  A doença da indiferença para com os outros
12.  A doença da cara funérea
13.  A doença de acumular
14.  A doença dos círculos fechados
15.  A doença do proveito mundano, dos exibicionismos


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