segunda-feira, 8 de abril de 2013

Homenagem Profissional ao meu Pai.

Homenagem Profissional dos Colegas do IIP ao Pai.

Um pouco de história para contextualizar este inesperado, orgulhoso todavia merecido evento dedicado ao nosso Pai (Avô/Bisavô) por todos os seus colegas e professores: estavam representados todos os setores profissionais do Instituto e em bom número!

A família foi também convidada para o almoço de despedida e podemos testemunhar quão querido era por todos, através das múltiplas demonstrações de carinho de que foi alvo. O seu caracter humilde e prontidão no desejo de bem servir a todos, somada à sua esmerada educação, ter-lhe-ão granjeado e justificado estas demonstrações públicas afetuosas. Nós próprios, os familiares, ficamos algo surpreendidos com o que então, encantados, observámos.

Sabemos, pelos anos que se seguiram, que para ele esta inesquecível festa foi não só a cereja no topo do seu bolo profissional mas, talvez mais que isso, ele terá interiorizado esse reconhecimento público como uma medalha de mérito de vida que lhe era outorgada por toda sociedade, como as que são dadas no dia de Camões a tantos outros, quiçá menos meritórias.

Ostentava, sempre com um brilho nos olhos, a lembrança com que então foi presenteado e exibia com orgulho tudo o que o fazia recordar esses tempos, incluindo estas fotografias.

A sua simples atividade de Contínuo terá marcado indelevelmente todo o Staff do Instituto. Foi com inusitado orgulho que nós os familiares nos apercebemos disso.

Se a minha memória não errar muito (alguém que conheça melhor a história que a corrija), o Pai foi trabalhar para o IIP (Instituto Industrial do Porto, de onde saíam os então Engenheiros Técnicos), ali nos anos 1969/70. Tinha então e já 55 Anos de idade e aí permaneceu até aos seus 70 Anos (1985?). Trabalhou aí pois à volta de 15 anos, tempo suficiente para lhe garantir estas simpatias e o direito a uma pequena reforma que de outra forma não teria tido e que lhe foi tão útil até aos seus 95 anos de vida.

Na altura já lá trabalhava o Tio Zé (irmão da mãe) e conseguiu ‘cunhar’ alguém para, em boa hora, levar para lá também o Pai.

Terão sido uns bons anos para ele – talvez dos melhores da sua vida - se comparados com todos os anteriores de enorme entrega à difícil e trabalhosa vida agrícola, ainda na aldeia, Fermil/Celorico de Basto.

Por outro lado tudo fez para continuar a manter num mesmo ninho ou ao alcance da vista toda a sua família para a qual toda a sua vida estava inteiramente focada.

Este Homem caminhou sempre ladeado por uma muleta dourada, que lhe aplanava os caminhos e sem a qual nunca funcionou: a nossa Mãe, uma Grande Mulher.

Um Xi para ambos.

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