Quatro grandes e importantes acontecimentos novos ocorreram na última sexta-feira 07SET’2012 na Europa, na Eurozona, a saber:
i) O BCE tomou medidas inovadoras e estruturais (finalmente) para a EuroZona (para a Europa e para o mundo em geral), que irão influenciar o nosso futuro a vários prazos;
(Fica-se apenas à espera da decisão do Tribunal Constitucional Federal alemão sobre a dotação para o FEEF/MEF, no próximo dia 12, que se espera que venha a aprovar)
ii) O grande centro de decisões deslocou-se da titubeante Alemanha para o Banco Central Europeu;
iii) Foram dados passos seguros na consolidação do euro;
iv) Abriram-se várias janelas de oportunidade para novas iniciativas.
Mario Draghi e a sua Equipa – que de resto já há algum tempo o tinham pré anunciado - apresentaram um plano inédito, conseguindo a quadratura do círculo, diria, ao acomodar interesses até agora inconciliáveis. Conseguiu, de forma hábil e naturalmente muito negociada, juntar numa mesma plataforma gregos e troianos, leia-se Alemanha, França, Países do Sul (Itália, Espanha ...), a desavinda Grã-Bretanha e, não menos importante, acalmar os famosos mercados.
As reações subsequentes foram positivas e vão no sentido da sua acreditação: os juros pedidos aos países resgatados baixaram, as ações em geral subiram, o euro valorizou, as principais commodities também (petróleo/ouro…).
iii) Foram dados passos seguros na consolidação do euro;
iv) Abriram-se várias janelas de oportunidade para novas iniciativas.
Mario Draghi e a sua Equipa – que de resto já há algum tempo o tinham pré anunciado - apresentaram um plano inédito, conseguindo a quadratura do círculo, diria, ao acomodar interesses até agora inconciliáveis. Conseguiu, de forma hábil e naturalmente muito negociada, juntar numa mesma plataforma gregos e troianos, leia-se Alemanha, França, Países do Sul (Itália, Espanha ...), a desavinda Grã-Bretanha e, não menos importante, acalmar os famosos mercados.
As reações subsequentes foram positivas e vão no sentido da sua acreditação: os juros pedidos aos países resgatados baixaram, as ações em geral subiram, o euro valorizou, as principais commodities também (petróleo/ouro…).
Evidentemente que só o futuro dirá se o que agora foi decidido foi correto, e se eram as medidas mais certas. As possíveis foram com certeza. Parece-me, desde logo, que sim. São de tal maneira abrangentes, minuciosas e envolventes (e nada generosas), que elas próprios se auto-garantem.
E os países para a elas se candidatarem têm de percorrer um enorme calvário, e submeter-se às rigorosas normas do FMI. Nada de borlas, portanto.
E os países para a elas se candidatarem têm de percorrer um enorme calvário, e submeter-se às rigorosas normas do FMI. Nada de borlas, portanto.
Foi a abundância de dinheiro inesgotável de um lado e a sua atribuição com critérios de extremo rigor por outro, que fez com que fossem bem aceites por todos. Inclusive foi introduzido um item - o da esterilização da dívida – que veio neutralizar a receosa Alemanha quanto ao descontrolo da inflação.
Parece-me, à luz dos dados que estavam disponíveis em cima da mesa, ser um plano bastante bom.
Parece-me, à luz dos dados que estavam disponíveis em cima da mesa, ser um plano bastante bom.
Esqueça-se a bondade do plano. É muito exigente e rigoroso. Os credores seguraram-se bem: emprestam sim mas querem de volta o seu dinheiro, custe o que custar.
E aos portugueses (e não só) vai custar muito. Aliás já esta a custar: veja-se o anúncio das últimas medidas do governo.
A mudança do centro do poder (ocasional?) para o BCE, foi também interessante.
Estava a tornar-se desconfortável para o resto Europa sentir-se comandada apenas pela Alemanha. O BCE agindo, como parece, como mais um poder, não só dessacraliza o poder único (alemão) como funciona como contrapoder, impondo mais equilíbrios. Os diversos poderes de Bruxelas não tinham conseguido até agora desempenhar esses papéis de contrapoder. Estavam submersos pelo alemão.
Respira-se melhor agora.
Por outro lado e bem importante, a Europa começa finalmente a dar passos conjuntos, a funcionar como um bloco. Foram dados os primeiros passos para a assunção de compromissos mútuos que os amarram – como siameses - por muitos anos, tornando o projeto Europeu irreversível.
Respira-se melhor agora.
Por outro lado e bem importante, a Europa começa finalmente a dar passos conjuntos, a funcionar como um bloco. Foram dados os primeiros passos para a assunção de compromissos mútuos que os amarram – como siameses - por muitos anos, tornando o projeto Europeu irreversível.
Finalmente.
Tem ainda outras consequências, importantes também: com a aprovação e aceitação deste plano abrem-se várias oportunidades para que outros importantes itens meio adormecidos até agora possam avançar, como por exemplo a harmonização bancária e Federação de Estados.
A ver vamos.
Post Scriptum:
O Tribunal alemão já se pronunciou, autorizando, com algumas condições, nomeadamente impondo uma contribuição máxima da Alemanha para o fundo: 190 MM (dos 700MM).
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