domingo, 8 de maio de 2022

Dedicatórias no "Dinâmico".


Chiquinho
Meu Irmão,
Encontrarás aqui algumas, também tuas, boas recordações. Mas passa os olhos por elas apenas quando estiveres dentro de casa. Lá fora há mais memórias em construção.

Minha querida Irmã,
Estiveste nalgumas páginas deste livro. Graças a ti também, foi possível enriquecer a linha do nosso tempo familiar e de vida.
Vais gostar, estou certo, de as revisitar.

Companheiro Zé,
My Brother
Alguns percursos de vida fizemo-los - e continuamos a fazer - em conjunto. Um ou outro encontrarás aqui… nos intervalos do golfe, obviamente. Mas prefere falar com a tua Carolina e somar com ela outras memórias bonitas.
Estas são passado.

Meu jovem e
caçula Irmão
As nossas memórias mais antigas são, por motivos óbvios, um pouco menos mas, descontados os 6 de diferença, são muitas, ricas, vívidas e felizes.
Algumas estão aqui.
E vamos construir mais.

Anabela
Não sei se as tuas Meninas e o teu Menino te deixarão algum tempo livre para passares os olhos por esta ou por aquela página. 
Sugestão:
dividam o passatempo da leitura (e dos afazeres) pelos quatro.
Talvez resulte melhor. 

Paulo
Aqui está um entretenimento para as horas vazias, caso as tenhas.
Mas não leves isto à letra. Opiniões há muitas. Talvez as crónicas familiares sejam mais interessantes.
Bernardo
Junta estas a muitas outras opiniões e a tua aparecerá algures. Retém, porém, que as opiniões evoluem.

Tiago 
Longe da vista mas sempre no centro do coração. Além de passatempo, talvez encontres aqui algo divertido.
Abraço longo, que chegue a Berlim.

Rita
Sei da tua enorme e bonita dedicação aos teus doentes; eu mesmo já fiz parte dos teus cuidados.
Quem sabe não descansarás (ou adormecerás) em cima destas páginas?
Quem sabe este calhamaço não te servirá de travesseiro nas longas noites no IPO? Se sim, fico satisfeito: foi útil.
 
Anita 
Talvez uma ou outra crónica te inspire e incentive para tu própria experimentares o prazer da escrita. Talento e criatividade sei que tens. O jeito para o fazeres sei que já o encontraste. Gostava de ver um dia em forma de letra o que te vai na alma.
 
Paula
O teu jeito é mais para os trapos e para relações diretas com as pessoas. Tens para isso os talentos certos. Arruma o livro no cimo da prateleira para quando fores velhinha como a avó Ana. Atira-o bem lá para cima pois tens aí em casa quem to vá buscar… se um dia te apetecer ler uma historinha.

Zé Pedro 
Com as tuas duas Meninas para cuidar acrescido das novas funções, leia-se, responsabilidades na DHL, não terás tempo sequer para te coçar, muito menos para pegar nisto. Esconde-o bem longe. Talvez mais tarde quando a Carolina entrar na DHL.

Sara 
Amor da minha vida.
Não tenho nada para aqui te dizer, por desnecessário.
Mas Feliz, por descobrires e conduzires nos carris certos a tua vida e a dos teus amores, meus também.
* Já estou a desfazer-me do embaraço de me ver em livro.
  
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Nota:
O advento dos computadores profetizava e o seu uso generalizado sentenciava: a era da escrita manual requintada terminava. A caligrafia - arte de escrever à mão com elegância e harmonia - deixava de ser cotada ou considerada. Nessa senda, agravada pelo seu uso profissional obrigatório, destreinei irremediavelmente meu jeito para a escrita manual. E eu, que outrora até caligrafava bonito, agora é aquilo que vêem: uma lástima.


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Introdução
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 Repetindo 
 
Perguntado das razões porque escrevia, respondeu Montalbán: “tornei-me escritor para ficar alto e bonito”
Diverte-me sempre muito esta ‘tirada’ tão humorada. 
Brilhante.

Porque escrevo eu?
Faço-o pelo puro prazer da descoberta de mim mesmo; para ver se descubro escaninhos secretos cá dentro e se lá há algo estimulante para mim. Ao escarafunchar por ali tento descobrir se existe algo de novo por entre seus canais filigranados que valha a pena registar. Também para tentar manter os neurónios ativos, claro. Dizem que faz bem… Mas não passa de uma OTL como qualquer outra. Caçar gambozinos, p.ex. Sem pretensões, pois sei que não têm valor literário, sequer informativo.

E tenho mais um gosto: o do prazer da escrita; que passa, basicamente, pela alegria de ver as letrinhas a saltitar à minha frente. E eu vou atrás delas feito menino atrás do arco. E elas, as letrinhas, brincam como se fossem pipocas na pipoqueira da sessão da tarde. Não ligam a ninguém: saltitam, saltitam, saltitam e pronto. Ficam satisfeitas com isso. E eu divirto-me com elas. Tão só.
 

1 comentário:

  1. Muitos parabéns pela obra, Sr. António. Vamos ter também o prazer de a ler? Onde a poderemos adquirir? Um bem haja!

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