13MAI'2017
“FFF” - ‘Fátima, Futebol, Festival’
Expressão de má memória, agora democraticamente reabilitada.
Por estes dias, os astros (quem mais o poderia fazer?) através dos efeitos de um alinhamento concertado entre eles e inesperados para nós, resolveram dar-nos um alento suplementar e melhorar-nos a auto-confiança e a auto-estima.
- Oxalá esta aspirina tenha efeitos secundários novos e prolongados.
Praticamente, já tudo se disse e escreveu sobre este inesquecível fim de semana: 13MAI’2017. A documentação que fica, quer através dos media oficiais quer através das redes sociais - onde cada qual se pronunciou como quis - é rica e abundante - e raramente discordante - e fica por aí ao dispor de todos para consulta futura.
O País passou do 8 ao 80 “sem passar pela casa de partida” e viveram-se momentos raros de euforia e comoção nacional.
Uns presencialmente, outros à distância, todos participaram no festim; festim que saltou fronteiras e chegou, sabe-se lá, a todos os cantos do mundo (até apetece exagerar...) principalmente por onde havia portugueses e PALOPs; mas não só: a imprensa estrangeira replicou o ‘fenómeno’, desde logo o festival e o papal mas também o desportivo.
Em suma, a abundância saciou toda a gente.
Não vou perder tempo com quem não foi capaz de apanhar este comboio da alegria. “Temos pena”, como, ironicamente, sói dizer-se.
Um fim de semana em que - em diversos setores da sociedade: religioso, desportivo e musical - a magnitude dos sucessos alcançados foram de peso e congregaram todos num sentimento espontâneo de orgulho coletivo irrepetível (?).
Competiremos, sendo otimista, com as visitas do cometa Halley: daqui a 75 anos.
Retenho o humor profético de Bruno Vieira Amaral: “esgotámos o nosso stock de improbabilidades para os próximos séculos”.
Dá vontade, até, de refrear esta expressão: “que exagero!”. Haja otimismo.
Mas vivemo-lo bem, intensamente e com despudorada alegria. Em tudo, de resto, similar à vitória alcançada no Euro’2016, mas desta feita em dose tripla satisfazendo, assim, todos.
Ficamos agora mais expectantes - mas não mais exigentes - para, pacientemente, esperar pelo nosso próximo Halley.
E se não puder ser na mesma tríplice dose, que venha na simples.
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