terça-feira, 10 de julho de 2012

...do livro "Os Portugueses", from Barry Hatton

(...)Desiludidos de qualquer ideia de que uma longa amizade pudesse contrabalançar os interesses da Grã-Bretanha, os portugueses perceberam, a meio do caminho da Primeira Grande Guerra, que deveriam ignorar o pedido do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico para que se mantivessem neutros. O governo português reconheceu que o resultado do conflito ditaria a arquitectura do poder do pós-guerra em, pelo menos, dois continentes. Percebeu, também, que, para manter qualquer esperança de conservar os seus territórios africanos, precisaria de ter assento na mesa das negociações do pós-guerra. E, para o conseguir, precisaria de ser um dos combatentes. Portugal provocou a Alemanha para que lhe declarasse guerra em 1916, ao apresar barcos alemães e austríacos que tinha impedido de sair, a pedido da Grã-Bretanha, do porto de Lisboa. Portugal enviou então duas divisões de infantaria, somando 55.000 homens mal armados, para as trincheiras da Frente Ocidental, em 1917. (...)

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