terça-feira, 30 de dezembro de 2014
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Corrupção: o cancro incurável | José Sócrates e outros...
Vivemos atualmente em
Portugal, mais uma vez, momentos conturbados, muito agitados e comentados na
área da corrupção, potenciados pelo aparecimento em cena de José Sócrates. E
não só nesta área, lembra-se. A chama reacendeu e os ventos multidirecionais ampliam
o fenómeno. As turbas perfilam-se defendendo cada qual com os argumentos mais
'inteligentes' a parte do seu quintal. Apenas uma ou outra voz mais desalinhada
lá vai redirecionando o discurso para o lado da ética mais pura ou
desapaixonada.
Vou focar-me, por ora nesta, na corrupção, sintonizando-me com o bruaá que corre nos media, adiando mas não esquecendo as outras.
Vou focar-me, por ora nesta, na corrupção, sintonizando-me com o bruaá que corre nos media, adiando mas não esquecendo as outras.
Começo por dizer que o tema em
geral me provoca, sempre, urticária aguda mas particularmente virulenta quando
proveniente da classe política.
É suposto que os eleitos
sejam, eles próprios, sobretudo eles próprios, pessoas de bem, idóneas, probas;
diria 'imaculadas'. Deviam ser e ser vistas como exemplos de inquestionável
conduta moral, pessoal e social. Deveriam ser o que nos grandes palcos
altissonantemente apregoam pois isso dar-lhes-ia uma aura de inatacabilidade e
creditícia que levaria a que os cidadãos acatassem com réplica colaborante as
suas opiniões e conduziriam assim sob esse lastro mais almofadado, o timing e a
eficácia dos destinos das sociedades, tal como o bom e sábio pastor encaminha
seu rebanho para pastos mais fartos.
Sabemos, desde que o ser
humano começou a ficar gregário, que tem de haver alguém, eleito ou não, que o
organize e o faça funcionar em grupo, isto é, com regras. Pior que tudo são os
anárquicos ou os inorgânicos que, acéfalos, tresmalham-se com mais facilidade.
Qualquer que seja a forma de
organização, desde a ditatorial - mais à esquerda ou mais à direita - passando
por todas as outras, e incluindo a democrática, em todas elas, esta questão da
corrupção é transversal, sendo que, na democrática por ser a mais escrutinada
popularmente é a menos gravosa e a que menos perdura.
A sua existência e
persistência em todos os modelos foi, é e será sempre abjeta e nefanda.
Causa-me revolta visceral, todos os casos conhecidos e tenho para aqueles que a praticam o mesmo sentimento: de repúdio total, no mínimo, e isto para me abster da escolha de qualificativos que, se usados, seriam os mais populares; os de rua mesmo.
Causa-me revolta visceral, todos os casos conhecidos e tenho para aqueles que a praticam o mesmo sentimento: de repúdio total, no mínimo, e isto para me abster da escolha de qualificativos que, se usados, seriam os mais populares; os de rua mesmo.
E chegamos a José Sócrates!
Nota prévia:
Fui seu entusiasta, quase
indefectível defensor, enquanto primeiro-ministro.
Tinha qualidades raras indispensáveis à função.
Lutou tenazmente contra
poderes e privilégios instalados e tentou equalizar um pouco mais a sociedade
portuguesa. Criou com este seu denodo inimigos poderosos, alguns ferozes e de
vingança retardada. Os rastilhos outrora ateados parecem estar a detonar agora bombas por todo o lado...
Essa sua postura era para mim
virtuosa.
Cometeu erros? Concerteza e
alguns sérios.
Não sei o que lhe irá
acontecer judicialmente. Uma afirmação categórica pronuncio desde já: se é
culpado - corrupto - que seja severamente castigado. Se possível mais que os
outros mais 'normais'. Obviamente libertado se for essa a justiça a aplicar.
Não aceito, não pactuo com
gente - seja ela quem for, incluindo José Sócrates - que, a coberto de um pelo
alvo de cordeiro, usem as cadeiras públicas para o enriquecimento pessoal.
Abominável simplesmente.
Tinha satisfação que, se
culpado, fosse severa e exemplarmente castigado.
'No mercy', era o título do filme...
'No mercy', era o título do filme...
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